Thatcher, Barbosa, Fux e Feliciano não escutaram a própria voz

Expostos à luz, eles tem tantos ou mais pecados do que aqueles aos quais acusam



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O mundo é redondo, dá voltas e nada como um dia após o outro. Junto num só três adágios populares para reforçar a velha crença de que nada melhor para desmascarar um moralista do que suas próprias ações.

Margareth Thatcher era a mãe do Estado Mínimo, correto? Cortou gastos sociais, privatizou tudo o que pôde na Inglaterra, perseguiu sindicatos, apoiou ditadores, não é mesmo? Campeã dos banqueiros, crítica voraz da intervenção do Estado da economia, ela abriu espaço para a desregulamentação dos mercados, que, 13 anos após o fim do seu mandato, levou o mundo à pior crise econômica, desde a Grande Depressão de 1930. E dizendo isto, fico ao lado dos ingleses que criticam os 10 milhões de libras (cerca de R$ 30 milhões) pagos com impostos do povo inglês, para o  seu funeral.

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, deitou e rolou na parceria com o seu colega Luiz Fux, numa parceria tipo Pelé e Coutinho, no julgamento da Ação 470. Fux acompanhou sem ler o relatório de Barbosa, e o resultado foram penas altíssimas, gritantes, contra apenados cuja culpa não foi comprovada. Incontinenti, Joaquim Barbosa passou a dar pitacos nas supostas relações incestuosas entre magistrados e bancas de advogados.  O Supremo ministro foi duro com seus pares na reunião com as principais associações de juízes. Não se passou uma semana e seu discurso foi por terra com o anúncio espalhafatoso da mega-festa dos 60 anos de Luiz Fux bancada pela mega-banca  do advogado Sergio Bermudes, que emprega sua filha Marianna.

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Na Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal o pastor-deputado Marcos Feliciano (PSC) despeja impropérios contra homossexuais, negros, mulheres. Pois não é que esse defensor da família teve a capacidade de filiar ao seu partido, o PSC, a assassina dos próprios pais, Suzane Richthofen? Mais: nomeá-la presidente da Comissão de Seguridade Social e Família?

A mentira tem pernas curtas, diz outro ditado popular.  Thatcher, Barbosa, Fux, Feliciano e outros como Demóstenes Torres e  Roberto Gurgel não resistem à lente que estes novos tempos de transparência e informação ultra-rápida. Expostos à luz, tem tantos ou mais pecados do que aqueles aos quais acusam. Para eles, e outros que porventura queiram seguir seus passos, vale a lição do Mestre Paulo Freire:

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“É preciso diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, até que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

 Marcus Vinícius é jornalista, economista ,edita o jornal Onze de Maio e o www.marcusvinicius.blog.br

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