Padilha avisa: Brasil não vai tolerar xenofobia

Ministro da Saúde falou grosso contra os que incitam o preconceito e a discriminação contra os médicos estrangeiros; "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento"; sobre o presidente do CRM-MG, que disse que orientaria médicos a não corrigir erros de cubanos, ele disse que seria "omissão de socorro"; mensagem também atinge colunistas, como Eliane Cantanhêde e Reinaldo Azevedo, que falam em "escravos"

Ministro da Saúde falou grosso contra os que incitam o preconceito e a discriminação contra os médicos estrangeiros; "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento"; sobre o presidente do CRM-MG, que disse que orientaria médicos a não corrigir erros de cubanos, ele disse que seria "omissão de socorro"; mensagem também atinge colunistas, como Eliane Cantanhêde e Reinaldo Azevedo, que falam em "escravos"
Ministro da Saúde falou grosso contra os que incitam o preconceito e a discriminação contra os médicos estrangeiros; "Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento"; sobre o presidente do CRM-MG, que disse que orientaria médicos a não corrigir erros de cubanos, ele disse que seria "omissão de socorro"; mensagem também atinge colunistas, como Eliane Cantanhêde e Reinaldo Azevedo, que falam em "escravos" (Foto: Gisele Federicce)


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247 - O discurso do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, rebateu duramente as críticas contra o programa Mais Médicos, do governo federal, nesta segunda-feira 26. O petista disse que não irá tolerar preconceito e xenofobia contra os médicos estrangeiros que começam a chegar para trabalhar no País.

Além do presidente do CRM-MG, João Batista Gomes Soares, o recado de Padilha também serviu para os colunistas Eliane Cantanhêde, da Folha de S.Paulo, que afirmou que profissionais cubanos vieram num "avião negreiro", e Reinaldo Azevedo, da revista Veja, que os chamou de "escravos de jaleco do Partido Comunista".

Leia abaixo reportagem da Agência Brasil:

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Padilha: governo não vai tolerar preconceito contra médicos estrangeiros

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

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Brasília – O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse nesta segunda-feira 26 que o governo não vai tolerar qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia contra os estrangeiros que estão no Brasil para trabalhar no Programa Mais Médicos. Padilha participou hoje do início das atividades de acolhimento e avaliação de médicos estrangeiros, em Brasília.

"Não admitimos qualquer incitação ao preconceito e à xenofobia. Temos que receber de braços abertos médicos e médicas que aceitaram esse chamamento para vir atender à população brasileira que não tem médicos", disse Padilha a jornalistas após a cerimônia.

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Padilha reiterou as críticas ao presidente do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais, João Batista Gomes, que disse que orientaria os médicos brasileiros a não socorrerem erros dos colegas cubanos. "Essa recomendação é omissão de socorro e é uma afronta ao Código de Ética Médica. Nenhum médico pode se negar a atender ou a socorrer qualquer brasileiro ou brasileira", afirmou.

De acordo com o ministro, o governo tem segurança jurídica sobre a determinação para que os conselhos regionais de Medicina concedam registro provisório aos os estrangeiros que participam do programa. A determinação está na medida provisória (MP) que cria o Programa Mais Médicos. "Temos segurança jurídica, o próprio procurador-geral doTrabalho disse claramente que a MP estabelece o processo de registro desses profissionais. Os conselhos têm que seguir a lei. Temos segurança jurídica disso."

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Ao discursar na cerimônia de acolhimento a cerca de 200 médicos estrangeiros, Padilha pediu desculpas por problemas no alojamento em Brasília, onde profissionais reclamaram do número excessivo de pessoas. Segundo o ministro, serão feitos ajustes em Brasília e em outros locais, caso seja necessário. "Aqui em Brasília estamos programando o deslocamento desses profissionais para outras estruturas para ficarem mais bem acomodados". Os estrangeiros recebem treinamento em oito capitais com duração de três semanas.

Edição: Nádia Franco

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