Alheio à "aritmética", Gilmar dá seu voto ao Rede

Ministro Gilmar Mendes, que vota nesta quinta-feira 3 como substituto no Tribunal Superior Eleitoral o registro do Rede Solidariedade, de Marina Silva, apresenta argumento para dar um jeitinho no caso, e superar a questão das 95 mil assinaturas não reconhecidas pelos cartórios eleitorais; é só deixar a matemática de lado; "Não gosto de aplicar aritmética ao direito", disse Gilmar, para quem tribunal deve avaliar o caso "com seriedade"; na prática, ele deu o primeiro voto a favor do registro do Rede

Ministro Gilmar Mendes, que vota nesta quinta-feira 3 como substituto no Tribunal Superior Eleitoral o registro do Rede Solidariedade, de Marina Silva, apresenta argumento para dar um jeitinho no caso, e superar a questão das 95 mil assinaturas não reconhecidas pelos cartórios eleitorais; é só deixar a matemática de lado; "Não gosto de aplicar aritmética ao direito", disse Gilmar, para quem tribunal deve avaliar o caso "com seriedade"; na prática, ele deu o primeiro voto a favor do registro do Rede
Ministro Gilmar Mendes, que vota nesta quinta-feira 3 como substituto no Tribunal Superior Eleitoral o registro do Rede Solidariedade, de Marina Silva, apresenta argumento para dar um jeitinho no caso, e superar a questão das 95 mil assinaturas não reconhecidas pelos cartórios eleitorais; é só deixar a matemática de lado; "Não gosto de aplicar aritmética ao direito", disse Gilmar, para quem tribunal deve avaliar o caso "com seriedade"; na prática, ele deu o primeiro voto a favor do registro do Rede (Foto: Roberta Namour)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Gilmar Mendes defendeu hoje (3), na Câmara dos Deputados, que a corte considere “com seriedade” os argumentos apresentados pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva, para que sejam aceitas as assinaturas de apoio ao partido Rede Sustentabilidade que foram rejeitadas por cartórios eleitorais. O TSE decide em sessão marcada para a noite se dará ou não o registro à nova sigla. Ele também defendeu que a legislação sobre o tema seja revista.

“É preciso considerar com seriedade os argumentos que serão levados e, para isso, precisamos ouvir a relatora [ministra Laurita Vaz], que também é a corregedora do TSE. Portanto, a ela estão submetidos todos os órgãos do Judiciário Eleitoral e ela terá condições de fazer uma avaliação sobre as alegações que estão sendo feitas, de que essas rejeições foram casuísticas, abusivas e voluntariosas”, argumentou Mendes.

Na terça-feira (1º), o Ministério Público Eleitoral (MPE) enviou parecer ao TSE contra a concessão de registro ao partido. Segundo o vice-procurador eleitoral Eugênio Aragão, a sigla não obteve o número mínimo de 492 mil assinaturas necessárias para a obtenção do registro. De acordo com Aragão, a legenda conseguiu validar 442.500 assinaturas.

continua após o anúncio

Segundo Gilmar Mendes, as divergências sobre a criação de novos partidos ressaltam a necessidade da aprovação de uma reforma política e partidária. “Essa exigência [de assinaturas] por si só não significa número de afiliados, mas de apoiamento, e isso leva a esses grupos tarefa, a possibilidade de que haja, não sei se fraude, mas práticas não exatamente transparentes. Criamos essas condições e precisamos revê-las. É chegada a hora de discutirmos. Certamente após as eleições vamos voltar a discutir a reforma política”, argumentou.

Para obter o registro, o partido precisa validar número de assinaturas de apoio equivalente a 0,5% dos votos registrados na última eleição para a Câmara dos Deputados. Segundo Marina Silva, o partido coletou 868 mil assinaturas e tem 550 mil validadas, número superior ao mínimo solicitado pela Lei Eleitoral.

continua após o anúncio

De acordo com a ex-senadora, os números são divergentes porque, durante o processo de validação de assinaturas de apoiadores nos tribunais regionais eleitorais, os cartórios atrasaram os procedimentos e anularam 95 mil apoiamentos sem justificativa.

Para Gilmar Mendes, que participará do julgamento no lugar do ministro Dias Toffoli, a decisão sobre a concessão do registro não deve ser meramente aritmética. “Não gosto de aplicar aritmética ao direito”, disse.

continua após o anúncio

“Temos que examinar com bastante cautela. Vamos, realmente, examinar isso no próprio julgamento. Ainda anteontem, a senadora Marina esteve no meu gabinete e apresentou os memoriais, os argumentos, as assimetrias na rejeição em determinados locais e isso terá que ser examinado e apreciado pela Justiça Eleitoral com a cautela que se vem fazendo e vem pautando sua atividade nesse tema”, explicou.

Edição: Davi Oliveira

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247