Com um mês, Mais Médicos tem impacto positivo no DF

“Desde que este posto foi aberto, em 1984, eu nunca vi atendimento na sexta-feira. Sempre foi de segunda a quarta. Agora, com a médica nova, é que eu estou vendo atendimento sexta-feira”, disse a dona de casa Elisângela Matos, de 41 anos que, desde a inauguração, é atendida no Centro de Saúde nº 1 do Gama, uma das regiões administrativas do DF

“Desde que este posto foi aberto, em 1984, eu nunca vi atendimento na sexta-feira. Sempre foi de segunda a quarta. Agora, com a médica nova, é que eu estou vendo atendimento sexta-feira”, disse a dona de casa Elisângela Matos, de 41 anos que, desde a inauguração, é atendida no Centro de Saúde nº 1 do Gama, uma das regiões administrativas do DF
“Desde que este posto foi aberto, em 1984, eu nunca vi atendimento na sexta-feira. Sempre foi de segunda a quarta. Agora, com a médica nova, é que eu estou vendo atendimento sexta-feira”, disse a dona de casa Elisângela Matos, de 41 anos que, desde a inauguração, é atendida no Centro de Saúde nº 1 do Gama, uma das regiões administrativas do DF (Foto: Leonardo Attuch)


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Aline Valcarenghi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Um mês após o início do trabalho dos médicos selecionados pelo Programa Mais Médicos, o impacto da atuação dos sete profissionais destacados para o Distrito Federal (DF) é positivo, mas ainda discreto. Apesar de terem agora mais acesso ao médico generalista, os pacientes mas alegam que faltam especialistas e que encontram muita dificuldade para fazer exames.

“Desde que este posto foi aberto, em 1984, eu nunca vi atendimento na sexta-feira. Sempre foi de segunda a quarta. Agora, com a médica nova, é que eu estou vendo atendimento sexta-feira”, disse a dona de casa Elisângela Matos, de 41 anos que, desde a inauguração, é atendida no Centro de Saúde nº 1 do Gama, uma das regiões administrativas do DF. “É um bom sinal”, ressaltou Elizângela.

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Logo na entrada do posto, o paciente vê um cartaz com uma lista de remédios que estão em falta, entre eles paracetamol (comprimido), diamicron, cálcio, omemprazol e ibuprozeno.

Mesmo assim, a professora Maria Domingas, de 40 anos, ficou satisfeita por ter conseguido, em uma sexta-feira, marcar uma consulta para a segunda-feira seguinte no Centro de Saúde nº 9 de Ceilândia, o mais próximo de sua casa.

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Maria Domingas disse à Agência Brasil que, em janeiro, foi examinada por um médico que pediu uma ecografia, mas ela só conseguiu marcar o exame para agosto. Feito o exame, ela tentou agendar o retorno no mesmo mês, porém, a equipe de saúde da família que atende a comunidade Pôr do Sol, onde ela mora, estava sem médico.

Foi essa equipe que recebeu Marcela Fukushima, formada em Brasília há um ano. Segundo a médica, o centro em que trabalha tem uma estrutura física “interessante”, embora faltem medicamentos básicos para tratamento de pacientes com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. “Percebi que é difícil acompanhar um paciente, já que, quando a gente encaminha para um especialista, pode levar meses para o paciente ser atendido. É mais tempo do que para exames, que já são demorados”, constatou a médica.

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Marcela reconhece que, por estar em Ceilândia, área administrativa do DF, tem o privilégio de trabalhar em um centro minimamente estruturado. “Já trabalhei no interior de Goiás, e lá sim faltava tudo”, relatou.

Os médicos do programa, chamados generalistas, fazem atendimento básico em diversas áreas, como pediatria, ginecologia e psiquiatria. Caso haja necessidade, o profissional encaminha o paciente para um especialista. A ideia preconizada pelo Sistema Único de Saúde (SUS) é que esse atendimento seja a porta de entrada da rede pública de saúde.

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Os profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família, na qual trabalham os médicos do Mais Médicos, também têm papel educativo na vida da comunidade em que atuam. Cada equipe deve ser composta, no mínimo, por um generalista, ou especialista em saúde da família, ou médico de família e comunidade; um enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família; um auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde. Cada equipe deve atender a uma média de 3.500 pessoas e as pessoas só procurem os hospitais em casos mais graves.

O Distrito Federal pediu ao Ministério da Saúde 97 profissionais do Mais Médicos. Na primeira etapa, 15 foram designados para a região, mas apenas sete estão atuando. Na segunda etapa do programa, que começou nesta semana, dos 14 médicos designados, dez se apresentaram, mas um desistiu ainda no período de acolhimento. Devido às polêmicas geradas pelo programa, alguns profissionais que  atuam no DF não quiseram falar com a  reportagem sem antes pedir autorização da Secretaria de Estado de Saúde do DF.

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Perguntada pela Agência Brasil sobre a falta de remédios, a Secretaria de Saúde do Distrito Federal disse, por exemplo, que o captopril, medicamento usado no tratamento da hipertensão, está disponível nas farmácias com o selo “Aqui tem farmácia popular”. A secretaria informou que os demais medicamentos serão remanejados de outras unidades, já que não estão em falta na rede.

Sobre a denúncia feita por Maria Domingas, a Secretaria de Saúde respondeu que precisaria de mais dados para ver o caso específico, mas que os atendimentos de ortopedia são feitos nos 11 centros de Saúde da Ceilândia.

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Com relação aos dias de atendimento médico na unidade de Ceilândia, a SES/DF informou que o centro de saúde conta com atendimento médico de segunda a sexta-feira, e a subsecretária Rosalina Aratani Sudo disse que ela mesma trabalhou nesta unidade por 11 anos, até 2010, de segunda a sexta.

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