GDF doará tablets a alunos e docentes da rede pública
Por R$ 65 milhões, 104 mil tablets serão adquiridos e doados a 98.745 alunos e 5.954 professores. O objetivo, segundo o edital, é "engajar os alunos em sala de aula, reduzir a evasão escolar e desenvolver nos estudantes o domínio das habilidades do século 21". Os aparelhos devem ser entregues até o fim deste ano. A abertura das propostas está prevista para esta segunda-feira (21)
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Brasília 247 - A Secretaria de Educação abriu licitação para comprar, por R$ 65 milhões, 104 mil tablets que serão doados a alunos e professores do ensino médio da rede pública do Distrito Federal. O objetivo, segundo o edital, é "engajar os alunos em sala de aula, reduzir a evasão escolar e desenvolver nos estudantes o domínio das habilidades do século 21". De acordo com a pasta, 98.745 tablets de sete polegadas serão doados aos estudantes e 5.954 de nove polegadas, aos professores. Caso o resultado do projeto seja positivo, o objetivo da pasta é fazer a aquisição anualmente. A secretaria afirma que espera concluir o processo licitatório até novembro.
A empresa vencedora da licitação deverá, além de fornecer os aparelhos, desenvolver o aplicativo didático para os estudantes e fornecer ainda capas de proteção. Os aparelhos deverão ter 8 GB de capacidade de armazenamento interno e 512 MB de memória RAM e câmera. Além disso, a empresa fica responsável pelo suporte técnico via help desk, garantia de 36 meses e prazo de 30 dias para reparos ou troca de equipamento. Não foram mencionadas regras que obriguem os estudantes a devolverem os equipamentos caso abandonem a escola ou quando se formarem, ou ainda, se alunos e professores ficarão impedidos de doar ou vender os equipamentos. A iniciativa deverá beneficiar 98.745 alunos e 5.954 docentes.
A abertura das propostas está prevista para esta segunda-feira (21). A previsão da entrega é para 60 dias a partir do contrato firmado. Segundo a subsecretaria, os tablets devem ser entregues até o fim deste ano. O aviso de licitação foi publicado no Diário Oficial do DF no último dia 11.
No ano passado, o GDF comprou 3 mil tablets por R$ 840 mil para entregar a professores das escolas públicas, e outros 1.085 aparelhos ainda serão entregues a professores da Escola Técnica de Brasília, da Escola de Música e aos Centros de Educação Profissional de Planaltina e de Ceilândia. Outros 189 foram devolvidos por defeito ou espontaneamente pelos professores.
Pela aquisição feita no ano passado, cada tablet custou, em média, R$ 280. Se os novos aparelhos, que já incluíam conteúdo pedagógico, fossem adquiridos pelo mesmo preço, o valor total do contrato seria R$ 29,1 milhões – menos da metade do valor do novo contrato de R$ 65 milhões. A secretaria afirmou que os professores que receberam os tablets no ano passado poderão substituí-los pelos novos aparelhos e que os antigos serão recolhidos, reconfigurados e redistribuídos. A pasta informou ainda que o equipamento estava vinculado ao CPF de cada profissional e foi apenas emprestado, mas que busca uma forma legal de doar os tablets. Professores afastados não receberão o material.
À época da doação, o então secretário de Educação, Denilson Bento, disse que todas as escolas teriam acesso a rede de banda larga até o final de 2013, o que não chegou a ser realizado. Apesar da exigência para o tablet funcionar inteiramente off-line, o edital previa inicialmente a aquisição de modems para instalação de internet sem fio em todas as escolas de ensino médio. A proposta, no entanto, foi retirada da licitação já depois da abertura do edital. Segundo a pasta, o projeto foi incluído em outro processo para simplificar a aquisição dos tablets.
Segundo a secretaria, antes de iniciar o uso dos aparelhos, uma área técnica do órgão vai treinar um grupo de professores da Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais de Educação (Eape) para reproduzirem o treinamento junto aos demais professores, que deverão repassar as informações aos alunos em sala de aula. Não haverá custo para o treinamento.
Tanto os tablets dos professores quanto dos alunos terão o uso limitado a aplicativos aprovados pela secretaria e deverão incluir os livros didáticos do currículo escolar, compatíveis com o currículo cobrado pelo Enem. Os livros serão digitalizados em formato de e-book nas disciplinas de língua portuguesa, matemática, biologia, química, física, geografia e história. O uso da internet, segundo o subsecretário, é livre.
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