CPI: Diretor nega propina a funcionários da Petrobras
Segundo o gerente de Segurança Empresarial, Pedro Aramis de Lima Arruda, a comissão analisou os documentos referentes a todos os contratos da SBM Offshore com a Petrobras, ouviu 24 funcionários das duas empresas, listados em documentos encontrados na empresa holandesa durante visita da comissão; “O resultado final é que ela não identificou qualquer tipo de pagamento de propina para empregado da Petrobras,” disse aos parlamentares
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Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - O gerente de Segurança Empresarial, Pedro Aramis de Lima Arruda, negou ontem (20), em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito Mista (CPMI) da Petrobras, que funcionários da empresa tenham recebido propina da empresa holandesa SBM Offshore. Arruda disse que a comissão interna da Petrobras criada para analisar a suspeita de pagamento de propina não encontrou indícios de corrupção.
Na mesma sessão foi ouvido o depoimento do gerente jurídico internacional da Petrobras, Carlos Cesar Borromeu de Andrade, que disse que não houve irregularidades na compra da Refinaria de Pasadena (EUA).
Segundo Arrruda, a comissão analisou os documentos referentes a todos os contratos da SBM Offshore com a Petrobras, ouviu 24 funcionários das duas empresas, listados em documentos encontrados na empresa holandesa durante visita da comissão. “O resultado final é que ela não identificou qualquer tipo de pagamento de propina para empregado da Petrobras,” disse aos parlamentares.
Arruda disse que foram encontrados dois documentos sigilosos da Petrobras em formato PDF na SBM. Os documentos estavam vinculados com a senha pessoal de Jorge Luiz Zelada, ex-diretor da Área Internacional da estatal. “Na sede da empresa da Holanda, havia dois arquivos em PDF gerados com a chave [eletrônica] do diretor Zelada”, disse Arruda que classificou como “grave” o vazamento das informações, mas que as investigações não permitiram concluir se Zelada tinha algum tipo de responsabilidade.
Ainda de acordo com Arruda, há a possibilidade de que pelo menos um dos documentos tenha passado pelas mãos de Julio Faerman, à época representante da SBM no Brasil e suspeito de pagar propina aos funcionários da Petrobras. "Os documentos foram gerados a partir da chave de Jorge Zelada. O que nos foi possível avançar foram os recursos usados para o envio desses documentos. Não conseguimos o rastreamento desse documento entre a Petrobras e a SBM. Um desses documentos passou pelo senhor Faerman", disse.
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