A surpresa, a pendência e as incógnitas da reforma

Em novo artigo, a colunista Tereza Cruvinel avalia o significado dessa nova etapa da reforma ministerial; "a surpresa nesta segunda leva de novos ministros foi Carlos Gabas na Previdência", diz ela, lembrando que Gabas, como secretário-executivo, já era o ministro de fato; a principal pendência continua sendo o Minisitério do Trabalho, disputado por PT e PDT; uma incógnita importante é o destino da Secom, que pode ser incorporada, ou não, pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini; outra, o destino do Itamaraty; leia a íntegra

Em novo artigo, a colunista Tereza Cruvinel avalia o significado dessa nova etapa da reforma ministerial; "a surpresa nesta segunda leva de novos ministros foi Carlos Gabas na Previdência", diz ela, lembrando que Gabas, como secretário-executivo, já era o ministro de fato; a principal pendência continua sendo o Minisitério do Trabalho, disputado por PT e PDT; uma incógnita importante é o destino da Secom, que pode ser incorporada, ou não, pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini; outra, o destino do Itamaraty; leia a íntegra
Em novo artigo, a colunista Tereza Cruvinel avalia o significado dessa nova etapa da reforma ministerial; "a surpresa nesta segunda leva de novos ministros foi Carlos Gabas na Previdência", diz ela, lembrando que Gabas, como secretário-executivo, já era o ministro de fato; a principal pendência continua sendo o Minisitério do Trabalho, disputado por PT e PDT; uma incógnita importante é o destino da Secom, que pode ser incorporada, ou não, pelo novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini; outra, o destino do Itamaraty; leia a íntegra (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Tereza Cruvinel

A surpresa nesta segunda leva de novos ministros foi Carlos Gabas na Previdência. Como secretário-executivo, ele de fato já era o ministro. Sua escolha deve ser colocada na cota pessoal da presidente Dilma. Eles são tão próximos que foi com ele que ela saiu a passear de moto numa madrugada pelas ruas vazias de Brasília. De resto, tudo era sabido e fora dito aqui, inclusive que Dilma não engoliria Agnaldo Ribeiro na Integração Nacional. Deu a pasta ao PP, mas com Gilberto Occhi. Patrus no MDA (reforma agrária) e Berzoini em Comunicações foram escolhas importantes para o equilíbrio ideológico do governo, depois dos agrados ao centro.

Uma pendência importante continua sendo a do Ministério do Trabalho. O PDT quer manter a pasta, o PT quer tomá-la para um sindicalista da CUT. Dilma adiou a decisão mas parece disposta a contentar os pedetistas, que não teriam para onde ir no primeiro escalão no governo. Outra, o destino da Secom, que não deve ir para o Minicom com Berzoini mas terá outro titular. Como é sabido, o ministro Thomas Traumann já havia acertado sua saída, por razões pessoais, com a presidente.

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Tendo confirmado Pepe Vargas na Secrearia de Relações Institucionais (SRI), se mantiver o PDT no Trabalho Dilma terá que fazer algum gesto para pacificar internamente o PT, insatisfeiro com a prevalência da tendência DS, que agora tem Miguel Rosseto na Secretaria Geral e Pepe na SRI. Pode sobrar para o líder do governo na Câmara, Henrique Fontana, que também é da DS.

E continua faltando a solução para o Itamaraty. Embora o chanceler Luiz Alberto Figueiredo já tenha pedido para sair, é provável que Dilma não queira fazer a troca antes de sua posse, quando virão ao Brasil tantas delegações internacionais. A troca poderia conturbar a casa diplomática num momento sensível e talvez não seja considerado de bom tom receber delegações com um ministro saindo e outro entrando.

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E a Cultura, já que os partidos nem reivindicam, será também preenchida pela cota pessoal de Dilma. E por falar em Minc, Marta Suplicy deve ter detestado a escolha de seu suplente, Antonio Carlos Rodrigues, para o Ministério dos Transportes na cota do PR. Na campanha, ela se irritou com as atenções dispensadas a ele pela campanha de Dilma, que sempre o colocavam em posição mais destacada que ela nos palanques.

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