No DF, médicos conseguem na Justiça suspensão do parcelamento de salários
Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) obteve na Justiça uma liminar que suspendeu, para a categoria, o escalonamento de salários dos servidores aplicado pelo governo de Distrito Federal; a decisão foi do juiz Lizandro Garcia Gomes Filho; no texto, o magistrado lembrou que os trabalhadores enfrentam "compromissos financeiros de natureza diversa, mas indispensáveis a uma vida digna, os quais vencem independente da vontade do Estado ou de seus administradores"; cabe recurso à liminar
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Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil
O Sindicato dos Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) obteve ontem (25) na Justiça uma liminar que suspendeu, para a categoria, o escalonamento de salários dos servidores aplicado pelo governo de Distrito Federal (GDF). A decisão foi do juiz Lizandro Garcia Gomes Filho. No texto, o magistrado lembrou que os trabalhadores enfrentam "compromissos financeiros de natureza diversa, mas indispensáveis a uma vida digna, os quais vencem independente da vontade do Estado ou de seus administradores". Cabe recurso à liminar.
A decisão lembrou também a dificuldade financeira que o GDF alegou para fazer o escalonamento, anunciado ainda em janeiro. Sobre essa questão, Gomes Filho disse que o governo de Rodrigo Rollemberg tem condições de superar a crise sem precisar parcelar os salários dos servidores. “O improviso e a boa gestão terão vez, com criatividade e eficiência, para superar o difícil momento sem ultrapassar nenhuma barreira constitucional.”
O escalonamento de salários de todos os servidores foi proposto pelo GDF no dia 15 de janeiro, justificando a decisão pelo rombo nas contas deixado pelo governo anterior, de Agnelo Queiroz. A proposta do GDF é parcelar o salário de servidores cujo salário ultrapassa R$ 9 mil. Esses receberiam esse valor até o quinto dia útil do mês. O restante do salário seria pago ao longo do mês, com base nas datas de entrada de receita nos cofres do governo.
O anúncio, no entanto, nunca foi bem-aceito pelos sindicatos de trabalhadores. Em um dos encontros que teve com líderes sindicais, no último dia 15, o chefe da Casa Civil, Hélio Doyle, defendeu a ideia como necessária para o equilíbrio financeiro. “Essa é a solução menos ruim que encontramos. Fizemos um escalonamento que fosse mais justo para todo mundo. Sabemos que não é a melhor forma, mas é uma maneira de pagar. Talvez não tenhamos sido suficientemente claros quanto a isso. A situação é grave."
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