Eduardo Cunha: impeachment foi vulgarizado
Ao comentar pesquisa CNT/MDA, presidente da Câmara disse que as pessoas que protestam pelo afastamento da presidente Dilma Rousseff não entendem o que pedem; "Não podemos tratar impeachment como recurso eleitoral. Está se vulgarizando muito essa palavra impeachment. Não podemos vulgarizar aquilo que seja o impedimento de um presidente da República. Temos que tratar isso com a seriedade devida", disse Eduardo Cunha (PMDB)
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Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil - O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que a pesquisa da Confederação Nacional dos Transportes (CNT), divulgada ontem (23), em que mais de 60% dos entrevistados avaliaram negativamente o governo da presidenta Dilma Rousseff, é muito semelhante à pesquisa anterior. “[A pesquisa] basicamente é igual à pesquisa anterior. Não tem diferença nenhuma. É a margem de erro”, disse Cunha.
Perguntado sobre dados da pesquisa que mostram que mais de 50% dos entrevistados disseram ser favoráveis ao impeachment da presidenta, Eduardo Cunha afirmou que não se pode tratar impeachment como recurso eleitoral. “Está se vulgarizando muito essa palavra. Não podemos vulgarizar aquilo que seja o impedimento de um presidente da República. Eu acho que não cabe pedido de impeachment”, disse. Segundo ele, as pessoas respondem sem conhecer o que é isso exatamente.
Ao falar sobre a pesquisa, o líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que ela é praticamente a mesma coisa da anterior. “Não pode se assustar com a voz das ruas. O que temos é que fazer propostas que viabilizem esse diálogo com as ruas. Isso é o que estamos fazendo. É um momento, é conjuntural”, disse.
Sobre medidas para melhor a imagem do Poder Legislativo, Cunha disse que está pautando e votando temas de interesse da sociedade e que, com o tempo e com as ações tomadas, a avaliação da imagem da Câmara vai melhorar. Ele informou, ainda, que o Programa Câmara Itinerante está voltado para melhorar a imagem da Casa.
Em relação à reforma política, o presidente da Câmara disse ser contrário ao seu fatiamento para votação como estava propondo o relator da matéria na comissão especial, deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). “Você pode ter uma PEC [proposta de emenda à Constituição] inteira e votar as partes dela através de DVS [destaques para votação em separado]. Se for tramitar três PECs é para não sair nada”, disse.
Eduardo Cunha informou que sua intenção é que, após cumprida as 40 sessões para a tramitação da PEC na comissão especial, se a comissão não tiver cumprido seu papel de terminar a votação, retornar o projeto para o plenário. “Eu pretendo fazer uma semana de votação de reforma política, começando segunda-feira e terminando até hora que acabar”, disse.
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