Na CPI, o delator Barusco mentiu ao menos uma vez

"Em seu depoimento à CPI da Petrobrás, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, forneceu uma das mais importantes informações sobre os desdobramentos da Operação Lava-Jato, até agora não devidamente traduzida, por incompreensão ou por má fé. A afirmação de Coutinho, de que não houve financiamento do banco público que preside à empresa Sete Brasil, estabelece que o delator Pedro Barusco mentiu pelo menos neste ponto em sua delação premiada", diz a colunista Tereza Cruvinel; "em processo de delação premiada, qualquer mentira do delator pode anular a validade da delação"

"Em seu depoimento à CPI da Petrobrás, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, forneceu uma das mais importantes informações sobre os desdobramentos da Operação Lava-Jato, até agora não devidamente traduzida, por incompreensão ou por má fé. A afirmação de Coutinho, de que não houve financiamento do banco público que preside à empresa Sete Brasil, estabelece que o delator Pedro Barusco mentiu pelo menos neste ponto em sua delação premiada", diz a colunista Tereza Cruvinel; "em processo de delação premiada, qualquer mentira do delator pode anular a validade da delação"
"Em seu depoimento à CPI da Petrobrás, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, forneceu uma das mais importantes informações sobre os desdobramentos da Operação Lava-Jato, até agora não devidamente traduzida, por incompreensão ou por má fé. A afirmação de Coutinho, de que não houve financiamento do banco público que preside à empresa Sete Brasil, estabelece que o delator Pedro Barusco mentiu pelo menos neste ponto em sua delação premiada", diz a colunista Tereza Cruvinel; "em processo de delação premiada, qualquer mentira do delator pode anular a validade da delação" (Foto: Leonardo Attuch)


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Por Tereza Cruvinel

Em seu depoimento à CPI da Petrobrás, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, forneceu uma das mais importantes informações sobre os desdobramentos da Operação Lava-Jato, até agora não devidamente traduzida, por incompreensão ou por má fé. A afirmação de Coutinho, de que não houve financiamento do banco público que preside à empresa Sete Brasil, estabelece que o delator Pedro Barusco mentiu pelo menos neste ponto em sua delação premiada.

Nela, e também na CPI da Petrobrás, Barusco afirmou ter recebido propinas quando era gerente da Diretoria de Serviços da Petrobrás, subordinado a Renato Duque, e também quando se tornou diretor da Sete Brasil, indicado pela Petrobrás. Nesta passagem é que ele afirma que a Sete, constituída para construir sondas para exploração do pré-sal segundo a norma de componentes nacionais, recebeu financiamentos do BNDES.  A afirmação consta do Termo número 1 da delação. Depois de descrever a formação da Sete Brasil, que qualifica como  uma iniciativa inédita para substituir a contratação das sondas a empresas asiáticas, ele afirma: “que a fonte principal de financiamento da iniciativa foi o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES”.

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Coutinho fez sua afirmação sem fazer qualquer referência à mentira de Pedro Barusco. Apenas comentou que, embora tenha sido discutido um empréstimo à Sete Brasil, ele acabou não se concretizando “por razões intrínsecas” à própria empresa.

Até agora, nem o juiz Sergio Moro, nem os membros da CPI, nem qualquer figura envolvida com a Lava Jato comentou a mentira de Barusco.   Alguns advogados entretanto, anotaram a a passagem, e devem lhe dar a devida importância. Em processo de delação premiada, qualquer mentira do delator pode anular a validade da delação.

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O que pensa disso o juiz Sergio Moro?

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