Conselheiro da Petrobras diz que balanço é “incerto”

Em depoimento à CPI da Câmara, Mauro Cunha disse que não pode "dizer que o valor é maior ou menor" aos R$ 6 bi divulgados pela empresa referentes a perdas por atos de corrupção; "O que eu quis dizer é que o valor é inapropriado, talvez uma forma de definir valores a serem devolvidos à empresa e baseado apenas no depoimento do (ex-diretor) Paulo Roberto Costa", afirmou; "O valor é incerto", acrescentou

Em depoimento à CPI da Câmara, Mauro Cunha disse que não pode "dizer que o valor é maior ou menor" aos R$ 6 bi divulgados pela empresa referentes a perdas por atos de corrupção; "O que eu quis dizer é que o valor é inapropriado, talvez uma forma de definir valores a serem devolvidos à empresa e baseado apenas no depoimento do (ex-diretor) Paulo Roberto Costa", afirmou; "O valor é incerto", acrescentou
Em depoimento à CPI da Câmara, Mauro Cunha disse que não pode "dizer que o valor é maior ou menor" aos R$ 6 bi divulgados pela empresa referentes a perdas por atos de corrupção; "O que eu quis dizer é que o valor é inapropriado, talvez uma forma de definir valores a serem devolvidos à empresa e baseado apenas no depoimento do (ex-diretor) Paulo Roberto Costa", afirmou; "O valor é incerto", acrescentou (Foto: Gisele Federicce)


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Agência Câmara - Mauro Cunha, ex-integrante do Comitê de Auditoria da Petrobras, disse à CPI que investiga irregularidades na estatal que o prejuízo da empresa com corrupção pode ser maior que os R$ 6 bilhões estimados no balanço auditado da empresa, divulgado neste mês.

Segundo ele, esta foi uma das razões pelas quais ele se recusou a aprovar o balanço. "A Petrobras não pagou propina para ninguém, aparentemente. Esse valor foi calculado com base no depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa, que disse que a propina representava 3% dos valores dos contratos. Corremos o risco de estar buscando valores inferiores aos prejuízos", disse Mauro Cunha, durante audiência pública da sub-relatoria de Superfaturamento e Gestão Temerária na Construção de Refinarias da CPI.

Inicialmente, ele havia dito que o prejuízo seria maior que R$ 6 bilhões, mas em seguida retificou sua afirmação. "Eu não posso dizer que o valor é maior ou menor. O que eu quis dizer é que o valor é inapropriado, talvez uma forma de definir valores a serem devolvidos à empresa e baseado apenas no depoimento do (ex-diretor) Paulo Roberto Costa", explicou. "O valor é incerto", acrescentou.

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Cunha disse que foi afastado do Comitê de Auditoria depois de se recusar a aprovar o balanço. Ele deu outras razões para isso. Segundo Cunha, não foram entregues a ele todos os documentos que solicitou para avaliar os números apresentados no balanço.

Outra razão, segundo ele, foi a decisão da Petrobras de adiar os investimentos no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) e na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. "Em 2013, já havia uma indicação de superavaliação de ativos", disse.

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Divisão de lucros
O ex-integrante do Comitê de Auditoria também criticou o pagamento de participação nos lucros aos funcionários da Petrobras. "Existe um limitador para isso. Os funcionários não podem receber mais que 25% dos dividendos pagos aos acionistas. E, no ano passado, os acionistas não receberam nada", disse.

"O senhor nunca percebeu ou suspeitou da existência de corrupção na empresa, principalmente em relação aos custos da refinaria Abreu e Lima?", perguntou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP), um dos sub-relatores da CPI. Cunha respondeu que não, mas que estranhou os valores envolvidos na obra. "O que chamava a atenção eram os valores, que superavam em muito todas as métricas internacionais. A corrupção foi uma consequência desse problema", disse.

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Ele relatou que, diante disso, solicitou a criação de uma comissão interna para apurar os custos da refinaria. "Tive discussões sobre isso, que me levaram a votar contra o balanço e tudo isso está registrado em ata", afirmou o depoente.

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