Dirceu ficará em silêncio na CPI, diz defesa
O advogado do ex-ministro José Dirceu, Roberto Podval, afirmou que, apesar da convocação aprovada pela CPI da Petrobras, Dirceu não deverá responder questionamentos dos deputados; "Em respeito à CPI, naturalmente, ele vai acatar a intimação, mas não posso permitir que ele fale à Comissão Parlamentar de Inquérito antes de falar ao juízo", declarou, lembrando que seu cliente "sequer foi denunciado pela Procuradoria da República"; "Dirceu é investigado, está preso, mas não é réu"
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Brasília 247 - Convocado nesta quinta-feira, 27, pela CPI da Petrobras, o ex-ministro da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu, não deverá responder questionamentos dos deputados.
"Em respeito à CPI, naturalmente, ele (Dirceu) vai acatar a intimação, mas não posso permitir que ele fale à Comissão Parlamentar de Inquérito antes de falar ao juízo", declarou o advogado de José Dirceu, Roberto Podval ao blog do jornalista Fausto Macedo.
"Ele (Dirceu) é obrigado a comparecer à CPI, não tem opção", declarou Roberto Podval. "Mas acho prematura essa convocação porque o ex-ministro sequer foi denunciado pela Procuradoria da República. Dirceu é investigado, está preso, mas não é réu. Até por respeito ao próprio Judiciário não pode falar à CPI antes de falar com o juiz (Sérgio Moro). Esta é a minha orientação."
Podval disse que 'não há necessidade' de ingressar com habeas corpus para assegurar a Dirceu o direito ao silêncio diante dos deputados. "Dirceu tem direito a ficar em silêncio. Tenho certeza que a CPI respeita as leis que o próprio Congresso fez. Não tenho dúvida que os deputados irão respeitar o silêncio previsto na Constituição. Não pretendo entrar com habeas corpus."
José Dirceu está preso em Curitiba desde o dia 3 de agosto, por determinação do juiz Sérgio Moro, responsável pelas ações de 1ª instância da Operação Lava Jato. Ele é suspeito de corrupção e lavagem de dinheiro.
Leia também: CPI da Petrobras aprova convocação de José Dirceu
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