Cristovam define apoio do PDT como 'negociata'

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez duras críticas ao seu partido por continuar a compor o governo; "O PDT vai mergulhar em um abismo, de um governo que se exauriu, em troca de um ministério", lamentou; o partido ocupava o Ministério do Trabalho, mas foi convidado para comandar o Ministério das Comunicações, com o deputado André Figueiredo, do PDT do Ceará; movimento se dá semanas depois de a bancada da Câmara anunciar formalmente o rompimento e a saída da base do governo

Cristovam Buarque
Cristovam Buarque (Foto: Gisele Federicce)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

Agência Senado - O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) fez duras críticas, nesta sexta-feira (2), ao seu partido por continuar a compor o governo da presidente da República, Dilma Rousseff. O PDT ocupava o Ministério do Trabalho, mas foi convidado para comandar o Ministério das Comunicações, com o deputado André Figueiredo, do PDT do Ceará. O movimento, diz o senador, se dá semanas depois de a bancada da Câmara anunciar formalmente o rompimento e a saída da base do governo.

— O PDT vai mergulhar em um abismo, de um governo que se exauriu, em troca de um ministério — lamentou.

Na opinião do senador, manter o apoio a Dilma em troca de "um ministério de porteira fechada" se chama "negociata" e deveria envergonhar o partido. Ele diz não entender por que a legenda ajuda a sustentar um governo que convive com a corrupção, que quebrou a estabilidade monetária conquistada a duras penas e jogou o país de volta no cenário da inflação, do desemprego e da recessão. E mais, para Cristovam, o governo zomba da população ao assumir o lema "Pátria Educadora" e, após ganhar a eleição, mudar de ministro constantemente, cortar recursos e acabar com programas importantes.

continua após o anúncio

O PDT, avaliou o senador, poderia ser porta-voz de uma alternativa para o país, indo buscar inspiração em expoentes do trabalhismo, como Darcy Ribeiro (1922-1997) e Leonel Brizola (1922-2004). Mas prefere unir-se a um "governo exaurido que quebrou, massacrou e roubou a Petrobras", tudo em nome de um ministério.

— Não há justificativa histórica para isso — declarou Cristovam.

continua após o anúncio

Cristovam também disse não acreditar que as saídas para o problema da recessão e da retomada de credibilidade serão resolvidos por novos nomes do PMDB, indicados para compor os ministérios. Mas frisou que, ao criticar o governo Dilma, não está assumindo posição ao lado da "oposição conservadora".

— Não contem comigo para isso.

continua após o anúncio
continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247