Bumlai permanece em silêncio ao depor em CPI

Pecuarista José Carlos Bumlai disse à CPI do BNDES que não irá responder aos questionamentos feitos pelos deputados; "Em respeito a esta Casa, eu me desloquei a Brasília na semana passada para responder o que me fosse perguntado. Porém, tive a prisão decretada antes de vir e minha condição, hoje, é muito diferente da semana passada. Gostaria que os senhores entendessem que tenho de resguardar uma série de respostas que eu poderia dar para usar em minha defesa", declarou; Bumlai está preso em Curitiba

Bumlai 
Bumlai  (Foto: Paulo Emílio)


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Agência Câmara - O pecuarista José Carlos Bumlai disse, em depoimento à CPI do BNDES, que não vai responder a perguntas dos deputados.

"Em respeito a esta Casa, eu me desloquei a Brasília na semana passada para responder o que me fosse perguntado. Porém, tive a prisão decretada antes de vir e minha condição, hoje, é muito diferente da semana passada. Gostaria que os senhores entendessem que tenho de resguardar uma série de respostas que eu poderia dar para usar em minha defesa", declarou Bumlai.

Conhecido pela amizade com o ex-presidente Lula, Bumlai está preso em Curitiba, acusado de obter propina por intermediar contratos de empresas junto à Petrobras.

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Segundo o Ministério Público, Bumlai obteve vantagens do banco Schahin em troca de um contrato de fornecimento de navio sonda para a Petrobras por uma das empresas do grupo. De acordo com a suspeita, o banco teria perdoado uma dívida de R$ 21 milhões do pecuarista depois da operação.

Lava Jato
Pelo menos dois delatores da Operação Lava Jato reforçaram as suspeitas. Eduardo Musa, ex-gerente geral da área internacional da Petrobras, apontou Bumlai como intermediário do pagamento de propina de 5 milhões de dólares relativos ao contrato do navio-sonda Vitória 10000 pela estatal.

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De acordo com ele, os pagamentos foram intermediados por Bumlai e por Fernando Soares, o Baiano, e teriam como destinatário ainda o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Eduardo Musa afirmou ainda que o contrato com o grupo Schahin serviu para que o banco considerasse quitada uma dívida de R$ 60 milhões, relativa à campanha eleitoral de 2006 do PT.

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Outro delator, o empresário Salim Schahin declarou que o banco do grupo emprestou R$ 12 milhões a Bumlai a pedido do então chefe da Casa Civil José Dirceu, em 2004. Segundo Salim, o destinatário final do empréstimo era o PT.

Oficialmente, o empréstimo foi quitado em 2009, comentou Bumlai, antes de ser preso, na semana passada, por meio de nota. Ele afirmou ter quitado a dívida usando sêmem de gado. Mas Schahin garantiu que o empréstimo nunca foi quitado.

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