Brasil vê paradoxo em pressão israelense
Diplomatas interpretam que, mesmo que o governo brasileiro aceitasse a indicação de Dani Dayan à embaixada israelense, o que não deve ocorrer, ele teria pouco acesso a autoridades do País
✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.
247 – O Itamaraty enxerga um paradoxo na pressão do governo israelense, de Benjamin Netanyahu, para que o Brasil aceite a indicação de Dani Dayan à embaixada israelense.
Segundo a jornalista Natuza Nery, que assina a coluna Painel, na visão dos diplomatas, mesmo que o governo brasileiro autorize o nome de Dayan – o que não deve ocorrer – ele teria pouco acesso a autoridades do País.
"Aos olhos do Itamaraty, a escolha de Israel mata a própria ideia de manter um embaixador de alto nível no país. 'Isso tudo sugere que a indicação para o Brasil foi uma jogada de cena para o público interno israelense', opina um diplomata", informa a coluna.
Recentemente, a vice-ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Hotovely, afirmou que "o Estado de Israel deixará o nível de relacionamento diplomático com o Brasil a um nível secundário se o apontamento de Dani Dayan não for confirmado".
Empresário de origem argentina naturalizado israelense, Dayan é ligado aos assentamentos em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia. Assim como a maior parte das potências internacionais, o Brasil considera os assentamentos judaicos em terras palestinas ilegais.
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:
Comentários
Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247