Eleito presidente do Senado, Eunício defende diálogo e 'consenso possível'

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito presidente do Senado nesta quarta-feira, confirmando seu amplo favoritismo, e prometeu diálogo e a busca do "consenso possível", num momento em que Michel Temer precisa do Legislativo para a aprovação de importantes reformas no Congresso, com destaque para a da Previdência

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito presidente do Senado nesta quarta-feira, confirmando seu amplo favoritismo, e prometeu diálogo e a busca do "consenso possível", num momento em que Michel Temer precisa do Legislativo para a aprovação de importantes reformas no Congresso, com destaque para a da Previdência
O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito presidente do Senado nesta quarta-feira, confirmando seu amplo favoritismo, e prometeu diálogo e a busca do "consenso possível", num momento em que Michel Temer precisa do Legislativo para a aprovação de importantes reformas no Congresso, com destaque para a da Previdência (Foto: Giuliana Miranda)


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Maria Carolina Marcello - Da Reuters

O senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) foi eleito presidente do Senado nesta quarta-feira, confirmando seu amplo favoritismo, e prometeu diálogo e a busca do "consenso possível", num momento em que Michel Temer precisa do Legislativo para a aprovação de importantes reformas no Congresso, com destaque para a da Previdência.

"Ao longo de tantos embates no mundo empresarial e no mundo político, sou um homem público já experimentado e um sertanejo forjado no enfrentamento de desafios", disse Eunício em seu primeiro discurso como presidente do Senado. "Busco sempre a conciliação, o entendimento, o consenso possível."

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Falando a jornalistas, Eunício defendeu um "debate intenso" sobre as propostas de mudanças apresentadas pelo governo.

"A reforma da Previdência, assim como outras reformas, terá um debate intenso nesta Casa", disse. "Há necessidade de debater."

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Ainda no discurso, ele disse que cabe ao Senado "colaborar no esforço de unir o país em torno de um projeto comum de desenvolvimento e resgatar a confiança da sociedade no Parlamento brasileiro e no Estado brasileiro”.

Além de Eunício --que disputou pelo partido de maior bancada, que tinha a prerrogativa de indicar um nome para a presidência--, o senador José Medeiros (PSD-MT) também concorria ao posto, em uma candidatura avulsa, sem o apoio de sua legenda. Eunício teve 61 votos, contra 10 votos de Medeiros. Houve 10 votos em branco.

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Ao ser eleito presidente do Senado, Eunício se tornou também presidente do Congresso Nacional.

DEFINIÇÃO DA MESA DIRETORA

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O Senado também já definiu os nomes dos demais cargos da Mesa. Pelo critério de proporcionalidade, o PSDB, segunda bancada da Casa, ficou com a primeira-vice-presidência, indicado o senador Cássio Cunha Lima (PB) para o cargo.

Para a segunda-vice-presidência, cargo que gerou disputa, e chegou a atrasar o início da sessão de eleição, o PMDB indicou o senador João Alberto Souza (MA).

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Terceiro na lista, o PT indicou o senador José Pimentel (CE) para a primeira-secretaria. A participação petista na Mesa também gerou divergências, a ponto de integrantes do partido --os senadores Lindbergh Farias (RJ), Fátima Bezerra (RN) e Gleisi Hoffmann (PR)-- divulgaram nota criticando a postura de liberar a bancada, de olho na participação na Mesa.

“Infelizmente a bancada do PT no Senado optou por outro caminho. Superestimando a luta institucional e insensível ao apelo da militância, a maioria da bancada preferiu não tomar uma posição clara, autorizando os senadores e senadoras petistas a votarem como bem entenderem. É realmente lamentável. Um equívoco político que cobrará seu preço”, diz a nota.

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De olho na divisão do PT, o DEM chegou a se preparar para indicar Davi Alcolumbre (DEM-AP) para a primeira-secretaria.

SUPERAR A CRISE

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Em seus discursos antes da votação, tanto Eunício como Medeiros sinalizaram apoio a questões do pacto federativo e defenderam o papel do Senado para a superação da crise.

Primeiro a falar, Medeiros afirmou que o país passa por um período de “restauração econômica” e que é papel do Senado ajudar na “superação das sucessivas turbulências políticas” e na recuperação do “equilíbrio das relações entre União, Estados e municípios".

Eunício, por sua vez, afirmou que o “caminho” que o levou à candidatura é o da “tradição”, respaldada pelo regimento interno e pelo arcabouço jurídico , segundo os quais é a maior bancada indica o presidente.

“Nada mais democrático do que observar os costumes e as tradições políticas de um povo e de suas instituições”, disse o peemedebista, de 64 anos.

Ao afirmar apoio às reformas que o governo Temer empreende, como a previdenciária e a revisão da legislação trabalhista, Eunício defendeu o papel do Congresso para “recolocar o Brasil nos trilhos”. Também afirmou que o Senado tem o papel de ajudar com “soluções duradouras” para a questão federativa.

Senador desde 2011, Eunício cumpriu três mandatos de deputado federal antes disso. No governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi ministro das Comunicações.

Em 2014, candidatou-se ao governo do Ceará em coligação com o PSDB e acabou derrotado pelo petista Camilo Santana. Ex-aliado da Dilma Rousseff (PT), votou a favor do impeachment da então presidente no ano passado.

 

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