Financiamento público eleitoral ganha força

Com o caixa dois e o financiamento privado na mira da Lava Jato em praticamente todos os grandes partidos, ganha corpo no Congresso a possibilidade de que as eleições de 2018 tenham financiamento público; mesmo partidos historicamente refratários à ideia já começam a defendê-la, caso do PSDB do senador Cássio Cunha Lima (PB), para quem será muito complicado trabalhar com recursos privados nas eleições futuras; "Eu sempre fui defensor do financiamento privado. Mas, neste ambiente, eu tenho que ser realista. Não há a menor hipótese de você conseguir hoje prosperar com o financiamento privado", disse o senador

 senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
 senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Foto: Geraldo Magela/Agência Senado (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Com vários parlamentares e praticamente todos os grandes partidos na mira da Lava-Jato por usarem meios ilícitos para financiar suas campanhas eleitorais, ganha corpo no Congresso a possibilidade de que as eleições de 2018 tenham financiamento público. Mesmo partidos historicamente refratários à ideia já começam a defendê-la, caso do PSDB do senador Cássio Cunha Lima (PB), para quem será muito complicado trabalhar com recursos privados nas eleições futuras.

Ganha força também a adoção de lista partidária fechada na eleição para a Câmara. Esse sistema facilitará a tarefa de deputados acusados de corrupção renovarem o mandato, uma vez que a lista partidária será encabeçada pelos atuais parlamentares.

As informações são de reportagem do Valor.

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"Presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) afirmou que não crê em oposição à ideia do Palácio do Planalto, pelo que sentiu durante jantar anteontem com o presidente Michel Temer. "Pela conversa que tivemos, se projeto for aprovado no Congresso, não senti nele desejo de vetar."

O caso do senador Valdir Raupp (PMDB-RO acendeu uma luz de alerta para os parlamentares. Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal (STF) aceitou uma denúncia oferecida contra pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Segundo a PGR, os R$ 500 mil doado oficialmente pela construtora Queiroz Galvão à sua campanha em 2010 seriam "propina disfarçada". Os parlamentares, antes preocupados apenas em se defender das acusações de caixa dois, agora têm também que se preocupar em justificar as doações oficiais.

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"Eu sempre fui defensor do financiamento privado. Eu não vejo um problema maior nisso. Mas, neste ambiente, eu tenho que ser realista. Não há a menor hipótese de você conseguir hoje prosperar com o financiamento privado", disse Cunha Lima."

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