Cunha teve mesada de R$ 547 mil por três anos, diz delator

Mais uma denúncia de corrupção envolvendo o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ); de acordo com Benedicto Júnior, um dos executivos que fecharam acordo de delação premiada pela Odebrecht, o deputado cassado recebeu um total de R$ 19,7 milhões entre setembro de 2011 e agosto de 2014; o valor seria referente às obras de revitalização e manutenção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, executadas por um consórcio formado pela Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia

Eduardo Cunha preso 
Eduardo Cunha preso  (Foto: Giuliana Miranda)


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247 - Um dos delatores da Odebrecht, o ex-executivo Benedicto Júnior, acusa o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de ter recebido uma "mesada" de R$ 547 mil por três anos.

Benedicto Júnior afirmou em seu depoimento que o ex-deputado recebeu um total de R$ 19,7 milhões entre setembro de 2011 e agosto de 2014.

As informações são de reportagem da Folha de S.Paulo

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"O valor, segundo ele, é referente às obras de revitalização e manutenção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, executadas por um consórcio formado pela Odebrecht, OAS e Carioca Engenharia.

'Entre agosto e setembro de 2011, fui pessoalmente procurado por Eduardo Cunha e, a título de campanhas futuras, ele me pediu que fizesse pagamento da ordem de 1,5% do valor liberado para o projeto em 36 parcelas', afirmou Júnior.

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As parcelas, segundo Júnior, foram operacionalizadas pelo Setor de Operação Estruturadas, que controlava os repasses ilícitos da Odebrecht, e pagas por meio do doleiro Álvaro José Novis.

Júnior relatou que ele e os líderes das outras duas empresas -Léo Pinheiro, da OAS, e Ricardo Pernambuco, da Carioca- se reuniram e decidiram fazer os pagamentos a Cunha separadamente. Cada construtora repassaria 1,5% do valor referente à sua participação na obra.

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O projeto, no total de R$ 3,5 bilhões, foi financiado pelo FI-FGTS, fundo gerido pela Caixa Econômica Federal.

Meses antes, um aliado de Cunha, Fábio Cleto, se tornara vice-presidente da Caixa, compondo o conselho de investimentos do fundo."

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A defesa de Cunha nega as acusações. 

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