PF prende Agnelo, Arruda e operador de Temer

A Polícia Federal está nas ruas do Distrito Federal desde as primeiras horas desta terça-feira 23 em mais um desdobramento da Lava Jato; os alvos são agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do Distrito Federal; entre eles há mandados de prisão contra os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB); assessor do Palácio do Planalto, Filipelli é um dos principais operadores de Michel Temer; a operação decorre de um esquema de propinas na construção do estádio Mané Garrincha, a arena mais cara da Copa do Mundo; organização criminosa é suspeita de desviar até R$ 900 milhões

A Polícia Federal está nas ruas do Distrito Federal desde as primeiras horas desta terça-feira 23 em mais um desdobramento da Lava Jato; os alvos são agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do Distrito Federal; entre eles há mandados de prisão contra os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB); assessor do Palácio do Planalto, Filipelli é um dos principais operadores de Michel Temer; a operação decorre de um esquema de propinas na construção do estádio Mané Garrincha, a arena mais cara da Copa do Mundo; organização criminosa é suspeita de desviar até R$ 900 milhões
A Polícia Federal está nas ruas do Distrito Federal desde as primeiras horas desta terça-feira 23 em mais um desdobramento da Lava Jato; os alvos são agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores das propinas ao longo de três gestões do governo do Distrito Federal; entre eles há mandados de prisão contra os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PR) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB); assessor do Palácio do Planalto, Filipelli é um dos principais operadores de Michel Temer; a operação decorre de um esquema de propinas na construção do estádio Mané Garrincha, a arena mais cara da Copa do Mundo; organização criminosa é suspeita de desviar até R$ 900 milhões (Foto: Leonardo Attuch)


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(Reuters) - A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira operação para investigar uma organização criminosa suspeita de desviar até 900 milhões de reais em recursos das obras do Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, para a Copa do Mundo de 2014, tendo entre os alvos dois ex-governadores e um ex-vice-governador do Distrito Federal.

Segundo uma fonte da PF, os ex-governadores do DF Agnelo Queiroz e José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli são alvos de mandados de prisão.

Em comunicado sem identificar os suspeitos, a PF disse que estão entre os alvos de operação agentes públicos e ex-agentes públicos, construtoras e operadores de propina ao longo de três gestões do governo do DF.

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Orçadas inicialmente em 600 milhões de reais, as obras de reforma no estádio de Brasília para o Mundial custaram 1,575 bilhão de reais, fazendo da arena a mais cara da Copa do Mundo. "O superfaturamento, portanto, pode ter chegado a quase 900 milhões de reais", disse a PF em comunicado.

"A hipótese investigada pela Polícia Federal é que agentes públicos, com a intermediação de operadores de propinas, tenham realizado conluios e assim simulado procedimentos previstos em edital de licitação", acrescentou a polícia.

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A Justiça Federal do DF emitiu 15 mandados de busca de apreensão, 10 mandados de prisão temporária e 3 de condução coercitiva como parte da operação, todos a serem cumpridos em Brasília e arredores.

O estádio de Brasília é o segundo mais caro do mundo voltado para o futebol, segundo especialistas, ficando atrás apenas de Wembley, na Inglaterra.

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A renovação da arena para o Mundial de 2014 não recebeu empréstimos do BNDES, ao contrário dos demais estádios da Copa financiados com recursos públicos, mas sim da estatal do DF Terracap, que tem 49 por cento de participação da União.

De acordo com a PF, a Terracap "encontra-se em estado de iminente insolvência" em razão da obra no Mané Garrincha.

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A Polícia Federal identificou a operação como Panatenaico, em referência ao estádio de mesmo nome na Grécia que tinha os assentos de madeira e passou por uma enorme reforma que incluiu arquibancadas em mármore, disse a PF.

O estádio de Brasília é um dos seis que estavam sob suspeita de irregularidades sob investigação com base nas delações de executivos de empreiteiras investigadas na operação Lava Jato. Além do Mané Garrincha, também são investigadas as obras na Arena Corinthians, em São Paulo; na Arena Pernambuco, em Recife; na Arena Castelão, em Fortaleza; na Arena Amazônia, em Manaus; e no Maracanã, no Rio de Janeiro.

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O Mané Garrincha recebeu sete jogos do Mundial de 2014, incluindo a decisão de terceiro lugar em que o Brasil perdeu por 3 x 0 para a Holanda. No entanto, sem nenhum time da primeira divisão do Campeonato Brasileiro na cidade, o estádio recebe jogos apenas esporadicamente desde o fim da Copa.

(Por Pedro Fonseca, no Rio de Janeiro, e Lisandra Paraguassu, em Brasília)

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