PMDB exige e Cid é demitido após confusão na Câmara

"Comunico à Casa o que recebi do chefe da Casa Civil anunciando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após uma sessão conturbada no Congresso; de acordo com nota da Secretaria de Imprensa da Presidência, foi ele quem pediu demissão e a presidente Dilma aceitou; o PMDB havia exigido sua saída sob ameaça de deixar a base aliada; mais cedo, Cid Gomes criticou Cunha: "Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque"; e pediu desculpas aos deputados pela declaração de que haveria "uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior [o governo], melhor para eles"; "Me perdoem. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente", disse

"Comunico à Casa o que recebi do chefe da Casa Civil anunciando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após uma sessão conturbada no Congresso; de acordo com nota da Secretaria de Imprensa da Presidência, foi ele quem pediu demissão e a presidente Dilma aceitou; o PMDB havia exigido sua saída sob ameaça de deixar a base aliada; mais cedo, Cid Gomes criticou Cunha: "Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque"; e pediu desculpas aos deputados pela declaração de que haveria "uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior [o governo], melhor para eles"; "Me perdoem. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente", disse
"Comunico à Casa o que recebi do chefe da Casa Civil anunciando a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes", disse o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), após uma sessão conturbada no Congresso; de acordo com nota da Secretaria de Imprensa da Presidência, foi ele quem pediu demissão e a presidente Dilma aceitou; o PMDB havia exigido sua saída sob ameaça de deixar a base aliada; mais cedo, Cid Gomes criticou Cunha: "Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque"; e pediu desculpas aos deputados pela declaração de que haveria "uns 400 deputados, 300 deputados que quanto pior [o governo], melhor para eles"; "Me perdoem. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente", disse (Foto: Paulo Emílio)


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247, com Agência Câmara - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciou no início da noite desta quarta-feira 18 que foi comunicado pela Casa Civil da Presidência da República sobre a demissão do ministro da Educação, Cid Gomes. O ministro estava há pouco no Plenário da Câmara, onde foi chamado para explicar declaração de que haveria "300 ou 400 achacadores no Congresso".

O líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), disse que o ministro vai conversar com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Muitos líderes cobraram a saída do ministro do cargo, depois que ele manteve as declarações de que alguns deputados seriam "achacadores".

De acordo com a Secretaria de Imprensa da Presidência, foi o ministro quem pediu demissão, aceita pela presidente Dilma. "O ministro da Educação, Cid Gomes, entregou nesta quarta-feira, 18 de março, seu pedido de demissão à presidenta Dilma Rousseff. Ela agradeceu a dedicação dele à frente da pasta", diz a nota divulgada pela Secretaria.

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Explicando-se aos deputados, Cid Gomes disse que há deputados que "criam dificuldades para obter facilidades", pediu desculpas a quem se sentiu ofendido, mas partiu para o ataque, cobrando lealdade dos deputados da base e apontando ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

"Prefiro ser acusado por ele de mal-educado do que ser acusado como ele de achaque, como diz a capa da Folha de S. Paulo", atacou.

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Cid também questionou a comissão de deputados que foi, na semana passada, verificar o seu estado de saúde. Em virtude do atestado médico, o ministro deixou de comparecer à Câmara naquela oportunidade. "Quem custeou o gasto desses deputados que foram lá? Ao que me consta, não houve aprovação regimental", disse.

Cunha rebateu a crítica. "O requerimento da comissão foi feito sem ônus, às expensas dos parlamentares, porque esta Casa se dá ao respeito", declarou o presidente da Câmara. Eduardo Cunha pediu para a Polícia Legislativa retirar manifestantes das galerias do Plenário que aplaudiram o ministro da Educação. "Plenário da Câmara dos Deputados não é lugar de claque", criticou Cunha.

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Cid, então, pediu desculpas aos deputados. "Me perdoem. Não tenho nenhum problema em pedir perdão para os que não agem desta forma. Aos que não se comportam deste jeito, me desculpem, não foi minha intenção ofender ninguém individualmente", disse.

Líder do PMDB cobra saída do ministro da Educação

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O líder do PMDB, deputado Leonardo Picciani (RJ), disse que o ministro da Educação ultrapassou as regras de convivência democrática e perdeu as condições de continuar no cargo.

"Vamos cobrar do governo se tolera ou orienta os seus ministros a não respeitar o Parlamento, porque esse Parlamento respeita os seus ministros", declarou o deputado.

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Segundo Picciani, ao se referir a parlamentares como "achacadores", Cid Gomes desrespeitou o Parlamento. "O desrespeitou de forma pueril, porque aponta o dedo, faz acusações e não dá nomes", afirmou Picciani. Ele acrescentou que o ministro fez críticas "levianas" e "não quer responder por elas".

Cid afirmou que as declarações de haveria "300 ou 400 achacadores no Congresso" teriam sido feitas em um ambiente fechado e fez um pedido de desculpas que, para Picciani, não convenceu. "Teria de ter usado um pouco mais de sinceridade nesse pedido", disse Picciani.

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O líder rebateu as críticas do ministro de que partidos da base, com ministérios, deveriam votar sempre com o governo. "Não somos aqui uma base cega", disse, mantendo o papel de independência do PMDB.

Cid Gomes deve pedir demissão ou ser demitido, diz líder do DEM

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O líder do DEM, deputado Mendonça Filho (PE), disse que Cid Gomes precisa pedir demissão ou ser demitido pela presidente Dilma Rousseff. "Só há duas opções: ou o ministro se demite do cargo, ou a presidente Dilma demite o ministro. Ou então os 400 deputados da base do governo assumem que são achacadores e aí o ministro fica no cargo."

O deputado foi o autor do requerimento para convocar Gomes para explicar a fala, feita na Universidade Federal do Pará no mês passado, de que 300 ou 400 parlamentares são "achacadores" que se aproveitam da fragilidade do governo.

Segundo Mendonça Filho, os achacadores anunciados por Gomes seriam parlamentares da base governista. "Os achacadores são os 400 deputados da base governista segundo o ministro Cid Gomes. Fez mais, ele apontou para o centro da Mesa do Parlamento brasileiro, precisamente para Eduardo Cunha e, simbolicamente, apontou o presidente da Câmara como achacador."

Para Mendonça Filho, a base do governo na Câmara ficou em uma situação "desmoralizante" e a fala do ministro dispensa a necessidade de oposição. "Este governo produz uma crise por dia", disse o líder do DEM.

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