Partido de Cid quer vice-governadora do Ceará no MEC

Parlamentares e políticos ligados a Cid Gomes pretendem se reunir na próxima semana com o ex-ministro da Educação, em Fortaleza, para discutir sobre como ficará a atuação do grupo no Congresso Nacional, daqui por diante, e sobre as articulações para que sua substituta na pasta seja a educadora Izolda Cela, ex-secretária cearense de Educação e atual vice-governadora do Ceará; o nome de Izolda também tem sido lembrada, nos últimos dias, pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); "Izolda é uma técnica, como deseja a presidente, entende da área, tem experiências bem-sucedidas e perfeitas condições de contribuir para o governo na Educação", afirmou ele

Parlamentares e políticos ligados a Cid Gomes pretendem se reunir na próxima semana com o ex-ministro da Educação, em Fortaleza, para discutir sobre como ficará a atuação do grupo no Congresso Nacional, daqui por diante, e sobre as articulações para que sua substituta na pasta seja a educadora Izolda Cela, ex-secretária cearense de Educação e atual vice-governadora do Ceará; o nome de Izolda também tem sido lembrada, nos últimos dias, pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); "Izolda é uma técnica, como deseja a presidente, entende da área, tem experiências bem-sucedidas e perfeitas condições de contribuir para o governo na Educação", afirmou ele
Parlamentares e políticos ligados a Cid Gomes pretendem se reunir na próxima semana com o ex-ministro da Educação, em Fortaleza, para discutir sobre como ficará a atuação do grupo no Congresso Nacional, daqui por diante, e sobre as articulações para que sua substituta na pasta seja a educadora Izolda Cela, ex-secretária cearense de Educação e atual vice-governadora do Ceará; o nome de Izolda também tem sido lembrada, nos últimos dias, pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE); "Izolda é uma técnica, como deseja a presidente, entende da área, tem experiências bem-sucedidas e perfeitas condições de contribuir para o governo na Educação", afirmou ele (Foto: Valter Lima)


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Hylda Cavalcanti, da RBA  - Parlamentares e políticos ligados a Cid Gomes pretendem se reunir na próxima semana com o ex-ministro da Educação, em Fortaleza, para discutir sobre como ficará a atuação do grupo no Congresso Nacional, daqui por diante, e sobre as articulações para que sua substituta na pasta seja a educadora Izolda Cela, ex-secretária cearense de Educação e atual vice-governadora do Ceará. Durante conversa com deputados federais, o ex-ministro adiantou que a decisão compete à presidenta Dilma Rousseff e não lhe cabe mais, diante da situação, fazer qualquer pedido nesse sentido. Porém, Gomes, que foi governador do Ceará de 2006 a 2014, já teria falado no nome de Izolda quando deixou o cargo.

A vice-governadora também tem sido lembrada, nos últimos dias, pelo líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Izolda Cela é considerada uma técnica dinâmica e bem preparada. Foi quem implementou no Ceará o chamado Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), que norteou a criação do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Pnaic), pelo governo federal. Tido como uma experiência bem-sucedida, o programa consiste num trabalho de cooperação e gestão educacional entre governo, municípios e entidades diversas para fazer com que os alunos sejam alfabetizados até o segundo ano do ensino fundamental.

A entrada de uma técnica do mesmo grupo político na pasta que foi de Cid Gomes seria considerada um aceno positivo para os cearenses do PT e Pros, que apoiam o governo Dilma Rousseff. Os deputados do estado na Câmara, entretanto, avaliam se não poderia haver resistência ao nome de Izolda por parte de outros partidos da base aliada e também pelo Pros, legenda do grupo. Isso porque, até hoje, a sigla considera a indicação do ex-governador para o ministério uma iniciativa pessoal da presidenta Dilma e não um agrado ao partido.

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“Izolda é uma técnica, como deseja a presidenta, entende da área, tem experiências bem-sucedidas e perfeitas condições de contribuir para o governo na Educação. A escolha é da presidenta Dilma, mas podemos garantir que se trata de um excelente nome”, afirmou Guimarães ao ser questionado sobre o assunto.

Enquanto não há uma definição, as bolsas de apostas aumentam cada vez mais sobre quem será o sucessor do ex-ministro e se a entrada do novo titular da pasta representará um remanejamento dentro do primeiro escalão do governo. Já se falou na volta do atual ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e há pouco tempo no nome do ministro Ricardo Berzoini (Comunicações). Caso isso ocorra, as substituições poderão ajudar a beneficiar políticos que ficaram insatisfeitos com o ministério do novo governo, contribuindo com uma pequena reforma – apesar da declaração de Dilma, ontem (19), de que o que acontecerá no Ministério da Educação “será uma troca pontual”.

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Novo bloco ou partido
Quanto ao segundo tema que está previsto para ser discutido na próxima semana pelo grupo do Pros no Ceará, as articulações dentro do Congresso Nacional, a expectativa se dá em torno da ideia levantada pelo ex-ministro, no início do ano, de criar um bloco parlamentar para se contrapor ao bloco liderado pelo PMDB. A iniciativa terminou sendo deixada de lado a pedido do Palácio do Planalto, mas depois do confronto público com o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aliados dele não acham que ficará no escanteio.

Outra possibilidade é dos irmãos Ciro e Cid Gomes partirem para a criação de um novo partido, como também pensaram em fazer até o início de fevereiro. De acordo com parlamentares ligados ao ex-ministro, desde a última quarta-feira até agora ele tem preferido ficar recluso ao lado da família. Gomes tem concordado com aliados na opinião de que viveu, durante a audiência da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (18), um dos momentos mais difíceis da sua vida pública, por ter enfrentado ambiente hostil à sua pessoa. E tem dito, a todos que o procuram, que considera ter saído do episódio de cabeça erguida.

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“Ele está tranquilo que fez o que tinha de fazer, mas não consegue esconder o desapontamento por suas palavras terem vazado e pela repercussão do caso de um modo geral, pois gostaria de ter ficado no ministério até o final do governo”, contou um senador do PT com quem conversou.

Ontem, a Câmara anunciou, por meio do seu procurador, o deputado Cláudio Cajado (DEM-BA), que deu entrada em nome da Casa de uma ação na Justiça por danos morais contra o ex-ministro e uma representação contra ele na Procuradoria-Geral da República. Na peça jurídica enviada à PGR, é destacado o pedido para que seja avaliada a prática de crime, por Cid Gomes, de "responsabilidade", por ter deixado a sessão antes do término; "condescendência criminosa", por não apontar quem são os deputados que chamou de achacadores; e improbidade, porque "ele não teria cumprido os princípios de lealdade e honestidade”.

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O líder do Pros na Câmara, Domingos Neto (CE), e o vice-líder da legenda na Casa, Valtenir Pereira (MT), defenderam o ex-ministro e afirmaram que ele não tem nada a temer em relação às medidas. Domingos Neto disse que, a seu ver, Gomes expressou suas desculpas quando reiterou que não tinha falado como ministro, enquanto opinião pública. Segundo o deputado, o clima hostil feito a ele tinha como pano de fundo "outros interesses políticos". Já Valtenir Pereira ressaltou que não acredita que o PMDB deixaria a base do governo caso Gomes não deixasse o ministério, como ameaçaram seus caciques.

Relações ‘conturbadas’
Há um bom tempo o relacionamento do ex-governador e ex-ministro com o PMDB é calcado em desgastes. Em outubro do ano passado, Cid Gomes acusou o partido de ser “um mal que precisa ser combatido”. “O PMDB é um mal terrível, que tem que ser combatido organizadamente, racionalmente e inteligentemente. É um ajuntamento de seções regionais que não têm nenhuma identidade, mas um interesse em comum: chantagear governos", destacou.

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Na mesma época, seu irmão, Ciro Gomes, então secretário estadual do Ceará, referiu-se a Cunha, durante uma entrevista, de “picareta mor”. “Esse cara deve ser assim, entre mil picaretas, o picareta mor. Eu conheço esse cara desde o governo Collor. Ele operava no escândalo do PC Farias na Telerj. Depois tava enrolado no fundo de pensão da Cedae do governo Garotinho e aí vem vindo. Depois tava enrolado no governo Lula com Furnas e agora enrolado até o gogó em tudo quanto é canto. E ele é o que banca os seus colegas, todo mundo sabe disso. Antigamente, o picareta achava a sombra, procurava ali o bastidor, ia fazendo as picaretagens dele escondido. Agora não! O picareta quer ser o presidente da Câmara”, destacou Ciro.

A ideia dos irmãos era criar uma bancada formada por 50 a 60 deputados de partidos que apoiam o governo com o objetivo de se contrapor aos peemedebistas no Congresso Nacional. É esse o ponto que os aliados dos Gomes mais querem discutir na próxima semana. “Caso decidam ir adiante com o projeto, por conta própria e de forma desatrelada do Palácio do Planalto, o país corre o risco de ver mais uma disputa de blocos dentro do Congresso, mas não se sabe se será bom, nem se o governo ganhará exatamente com isso”, afirmou o cientista político e analista legislativo Alexandre Ramalho

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