Jereissati descarta golpe: “democracia é sagrada”

Senador da cúpula de comando do PSDB, que chegou a organizar jantar em sua casa para discutir o impeachment em 2015, Tasso Jereissati (CE) considera agora improvável o afastamento da presidente Dilma e faz até críticas a algumas posturas de seu partido. "Em algumas votações, a meu ver, equivocadamente, [o PSDB] votou errado", diz. Para ele, "não existe maioria parlamentar para derrubá-la", "mesmo com essa margem estreita", e são improváveis tanto a saída pelo impeachment como via cassação, pelo TSE. "Eu sou de uma geração para a qual a conquista da democracia é sagrada. Isso vale mesmo três anos de sacrifícios", opina o ex-governador do Ceará, outra voz tucana a se levantar contra o golpe

Senador da cúpula de comando do PSDB, que chegou a organizar jantar em sua casa para discutir o impeachment em 2015, Tasso Jereissati (CE) considera agora improvável o afastamento da presidente Dilma e faz até críticas a algumas posturas de seu partido. "Em algumas votações, a meu ver, equivocadamente, [o PSDB] votou errado", diz. Para ele, "não existe maioria parlamentar para derrubá-la", "mesmo com essa margem estreita", e são improváveis tanto a saída pelo impeachment como via cassação, pelo TSE. "Eu sou de uma geração para a qual a conquista da democracia é sagrada. Isso vale mesmo três anos de sacrifícios", opina o ex-governador do Ceará, outra voz tucana a se levantar contra o golpe
Senador da cúpula de comando do PSDB, que chegou a organizar jantar em sua casa para discutir o impeachment em 2015, Tasso Jereissati (CE) considera agora improvável o afastamento da presidente Dilma e faz até críticas a algumas posturas de seu partido. "Em algumas votações, a meu ver, equivocadamente, [o PSDB] votou errado", diz. Para ele, "não existe maioria parlamentar para derrubá-la", "mesmo com essa margem estreita", e são improváveis tanto a saída pelo impeachment como via cassação, pelo TSE. "Eu sou de uma geração para a qual a conquista da democracia é sagrada. Isso vale mesmo três anos de sacrifícios", opina o ex-governador do Ceará, outra voz tucana a se levantar contra o golpe (Foto: Fatima 247)


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Ceará 247 – Integrante da cúpula de comando do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) é mais uma voz tucana a se levantar contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em entrevista concedida ao jornal "O Povo", do Ceará, nesta segunda-feira (18), ele considera a possibilidade "improvável" e faz até críticas ao seu partido.

"Em algumas votações, a meu ver, equivocadamente, [o PSDB] votou errado. Não necessariamente porque estava unido ao Eduardo Cunha, mas porque estava achando que aquilo era fazer oposição. Ser contra o governo era fazer oposição. Em determinadas situações, nem sempre isso é verdade. Houve uma união com Eduardo Cunha em determinadas votações pelas circunstâncias, e algumas delas equivocadas", disse.

Para ele, "a presidente não tem nada que oferecer a nós e ao País". "A presidente não vai ser impedida. Mas vai fazer o que com o governo? Conseguir ficar três anos assim é improvável. Um impeachment também é improvável. Porque, na hora da luta pelo poder mesmo, e aí existe muito fisiologismo e clientelismo, ela tem maioria. Não existe maioria parlamentar para derrubá-la", constata.

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"Não sei nem dos aspectos jurídicos, porque não sou advogado e existem prós e contras. Mas que ela está perdendo as condições de governar, está. A hipótese da cassação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é outra. Pelo que sei e pelas análises, não parece uma saída provável. Renúncia é improvável. A outra [possibilidade] é recuperar o seu partido através de uma reviravolta e de uma liderança para que possa conseguir dar uma luz para todos. Também isso é improvável", opina.

O senador afirma ainda que, do jeito como está agora, "vai ser muito ruim para o País nós passarmos três anos vivendo dessa maneira", mas que "não votaria nunca alguma coisa que eu achasse que feriria as instituições. Eu sou de uma geração para a qual a conquista da democracia é sagrada. Isso vale mesmo três anos de sacrifícios".

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Jereissati diz não ver luz no fim do túnel para as crises política e econômica do País. Pouco afeito a entrevistas, o senador evita declarações polêmicas e procura dar um tom de análise histórica às duras críticas que faz ao PT e ao próprio governo. Sobre as pré-candidaturas do PSDB à presidência em 2018, o tucano considera positivo o partido ter vários nomes na disputa, mas descarta disputar a vaga. Segundo ele, seu momento passou.

O senador, que já governou o Ceará por três vezes, considera o governador Camilo Santana, do PT, muito bem intencionado, acessível e com uma abertura grande para o diálogo, mas acha que devem ser feitos ajustes na equipe neste segundo ano de mandato, para o governo ter ações mais visíveis.

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Confira aqui a íntegra da entrevista.

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