"Gabo sempre foi solidário ao povo latino-americano"

Quem diz isso é o jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais; amigo íntimo, o escritor brasileiro classificou como "lamentável" a morte de García Márquez, um "diplomata sem título"; para o brasileiro, o maior feito de Márquez foi ter criado a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano (FNCL), cuja missão era "unificar" o novo cinema da região; “A García Márquez, todo o ouro do mundo”, diz Morais  

Quem diz isso é o jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais; amigo íntimo, o escritor brasileiro classificou como "lamentável" a morte de García Márquez, um "diplomata sem título"; para o brasileiro, o maior feito de Márquez foi ter criado a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano (FNCL), cuja missão era "unificar" o novo cinema da região; “A García Márquez, todo o ouro do mundo”, diz Morais
 
Quem diz isso é o jornalista e escritor brasileiro Fernando Morais; amigo íntimo, o escritor brasileiro classificou como "lamentável" a morte de García Márquez, um "diplomata sem título"; para o brasileiro, o maior feito de Márquez foi ter criado a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano (FNCL), cuja missão era "unificar" o novo cinema da região; “A García Márquez, todo o ouro do mundo”, diz Morais   (Foto: Valter Lima)


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Vanessa Martina Silva, do Opera Mundi - Gabriel García Márquez foi o intelectual mais comprometido da nossa época. Durante toda a sua vida foi um ativista político engajado com a América Latina, sempre solidário ao povo latino-americano e à Revolução Cubana”. Amigo íntimo do escritor colombiano, Fernando Morais, contou a Opera Mundi detalhes de sua relação pessoal com o Nobel da Literatura de 1982. E classificou como “lamentável” a morte de Gabo, ocorrida nesta quinta-feira (17/04).

Para o escritor e jornalista brasileiro, o maior feito de García Márquez foi ter criado a Fundação do Novo Cinema Latino-Americano (FNCL), cuja missão era "unificar" o novo cinema da região. Neste ano, a Escola Internacional de Cinema e Televisão (EICTV) completa 25 anos com 744 graduados, procedentes de 18 países da Ásia, África e América Latina.
Gabo tinha fascínio pela sétima arte: "após escrever, o cinema é meu", dizia. Graças a uma parceria entre ambos, quando Morais foi Secretário de Cultura do Estado de São Paulo, entre 1988 e 1991, foi assinado um convênio com a Escola de Cinema de Cuba. “Nós pagávamos as bolsas dos estudantes e, em troca, eles enviavam ao Memorial da América Latina uma cópia do material que era produzido lá”, conta o escritor brasileiro.

Mas, nem tudo o que foi realizado pelo escritor é de conhecimento do público, ressalta. “Muitas das coisas que ele fez não foram registradas pela imprensa. Em mais de uma ocasião, ele soltou presos políticos cubanos”, revela.

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Por seu intenso ativismo político, Gabo era considerado um diplomata sem título. Em 1998, seu amigo Fidel Castro lhe pediu que entregasse ao presidente Bill Clinton um relatório detalhado a respeito de atividades terroristas de anti-cubanos em Miami e assim foi feito durante uma entrevista na Casa Branca. Ambos os casos são relatados no livro Os Últimos Soldados da Guerra Fria, de Fernando Morais.

Questionado a respeito do momento em que se conheceram, Morais conta que foi em 1977, em Havana, quando estava na ilha caribenha para fazer uma entrevista para a capa da revista Veja com Fidel. “Eu fiquei dois meses trancado no hotel. Não podia sair porque Fidel poderia me chamar a qualquer momento. Então o Gabo ia até lá, a gente tomava rum, me consolava e ajudava a espantar a minha solidão”, relata.

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Outra curiosidade da vida de ambos foi em 1982, quando o jornalista concorria à reeleição para o mandato de deputado federal. García Márquez enviou um telegrama com uma frase: “Se eu fosse brasileiro, votava em Fernando Morais para deputado federal”. O brasileiro, então, publicou um anúncio na Folha de S. Paulo dizendo: “Faça como Gabriel García Márquez, vote em Fernando Morais para acabar com os 20 anos de solidão” e foi eleito.

“A García Márquez, todo o ouro do mundo”, conclui Morais.

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