Pitt chega às telas com bom filme de guerra
Fury, com Brad Pitt, nos leva a experimentar o que era viver dentro de um cubículo amedrontado por tiros nazistas, dilemas morais na ocupação de cidades e a tal da “honra americana”. Um filme que agrada desde fãs de filmes de ação, quanto aficcionados por dramas reais da disputa entre Eixo e Aliados; crítica de Rafael Samways
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Por Rafael Samways, especial para o 247
Parece que o Brad Pitt, depois de viver no cinema, na obra de Quentin Tarantino - Bastardos Inglórios, encarnou bem o oficial aliado na Segunda Grande Guerra. Corações de Ferro (Fury) traz uma atuação semelhante ao clássico de Tarantino, embora sem o humor ácido presente na trama.
Esta nova produção, baseada em fatos reais e assinada por David Ayer (acreditem, ele foi roteirista de Velozes e Furiosos) traz a história de uma divisão de tanques de guerra que adentram a Alemanha em seus derradeiros dias antes da vitória dos aliados. Atenção para a atuação de Logan Lerman. O ator vive no longa o contraditório, ao experimentar uma batalha pela primeira vez - sem muito treinamento e com um alto nível de inocência e humanidade.
Outro ponto a ser observado é a dificuldade em gravar num espaço tão pequeno. Fica evidente que a maioria dos takes foram feitos dentro de um tanque de guerra.
Fury nos leva a experimentar o que era viver dentro de um cubículo amedrontado por tiros nazistas, dilemas morais na ocupação de cidades e a tal da “honra americana”. Um filme que agrada desde fãs de filmes de ação, quanto aficcionados por dramas reais da disputa entre Eixo e Aliados.
Já em outra obra, o Transcendence, Jonny Depp sai do pirata e vai explorar a inteligência artificial. Filme meio clichê - da série “baseados em Isaac Asimov”. No entanto, um filme gostoso para se divertir. Roteiro mais ou menos, mas com boas doses de ação. O Jack Sparrow consegue se exorcizar e fazer um personagem controverso. Traz à tona a imortalidade, inteligência artificial e ética. Vale a pena as duas horas hipnotizado com “zumbis futuristas” e máquinas que detém o domínio sobre o ser humano. Compre Doritos ou faça um balde de pipoca.
Por outro lado, pra quem curte filmes mais provocantes, sugiro ver a obra salvadorenha, da Diretora Marcela Zamora, Espejos Rotos (2013). No documentário ela denuncia a rotina das crianças naquele país e propõe uma visão mais humanista dos pequenos que perderam seus pais - tanto pela imigração aos EUA, na busca de uma vida melhor, depois e durante a Guerra Civil, quanto os pequenos que sofrem com gangues (as “Maras”) no crime organizado na América Central. Parece que ambos os problemas se entrelaçam na pesquisa para o filme. Tive a oportunidade de assistir sua estréia em San Salvador, e conversar com a diretora. Marcela realmente é uma cineasta preocupada com seu país e seus dilemas. Uma cineasta que se tivesse ferramentas poderia provocar os cinemas mundiais.
Versão short disponível aqui: http://youtu.be/wWo0DPH_iOA
No mp3
Não posso deixar de pontuar a premiação do Grammy. San Smith conquista 4 gramofones com uma voz linda e, no entanto, com composições muito piegas e depressivas. Como ele disse em seu discurso no púlpito, recebendo um de seus prêmios, ele deve esta inspiração ao pé na bunda que levou de seu último amor. Em entrevistas após o evento fica claro que sua amargura estará presente por um bom tempo.
Vale ouvir a sua principal canção: http://youtu.be/pB-5XG-DbAA
Já na cena brasileira chamo a atenção para a “Banda Gentileza”. O quarteto curitibanos está em estúdio para lançar seu próximo álbum, previsto para junho deste ano. Pra quem não conhece, vale pela irreverência: http://youtu.be/po0EaPIl9Co
No confessionário
Não acho que a linguagem de Lars Von Trier seja das mais fáceis de digerir. E alguns sabem que evito ver suas obras por me ferir profundamente. Porém, imaginem se ele dirigisse a trama feminista-fetichista 50 Tons de Cinza? Talvez salvasse a obra nas cenas duras, ou na relação com a sexualidade. Assim evitando tantas criticas negativas.
Namaste!
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