Subida de juros põe Brasil na contramão do mundo
Além de ter a maior taxa entre os emergentes, de 7,5% ao ano, País é a única economia do mundo que subiu os juros a pretexto de combater a inflação; bancos europeus e "tigres" como o ex-presidente do BC Armínio Fraga apostam que titular Alexandre Tombini comandará reunião do Copom, na quarta-feira, que aumentará Selic em até meio ponto
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247 – O Brasil está na contramão do mundo se persistir, na próxima reunião do Copom, marcada para a quarta-feira 29, no aumento da taxa de juros. Na última reunião, quebrando uma série de reduções, o BC resolveu elevar a Selic em 0,25 ponto percentual. Esse movimento, no entanto, foi único no mundo, com todos os países emergentes, sem exceção, baixando suas taxas.
A Índia baixou sua taxa básica de juros em 0,75 pontos, mas Colômbia, Hungria e Turquia foram mais fundo, cortando um ponto inteiro. A Polônia foi mais além, promovendo redução de 1,25 ponto. Entre eles, o México derrubou em meio ponto os juros básicos do país. O próprio Banco Central europeu, em seu último encontro, reduziu em 0,25 sua taxa referencial.
No Brasil, em nome de combater a inflação, mesmo que ela esteja dentro da meta, como agora, os chamados tigres dos juros estão se movimentando em torno da reunião do Copom. O ex-presidente do BC, Armínio Fraga, disse que sente "coceiras" com os juros baixos, querendo dizer que só consegue voltar ao normal com taxas mais altas.
O estrategista-chefe para mercados emergentes do Société Générale, Benoit Anne, creditou a “um excesso de zelo” do BC brasileiro a elevação da Selic na última reunião do Copom. “É razoável focar na inflação quando o crescimento e a competitividade da economia não são convincentes”, aquiesceu.
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