Mantega prevê um 2014 cor-de-rosa para Dilma

Governo estima crescimento de 4% na economia em 2014, ano da reeleição da presidente, conforme anunciaram hoje os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Leitão; Mantega acredita que esta é uma meta "ambiciosa", mas que o cenário internacional, que tem prejudicado o PIB do País, esteja "mais favorável" no próximo ano; dados divulgados nesta quinta-feira mostram que a economia dos EUA acelerou mais rápido que o esperado no segundo trimestre, o que pode ajudar a puxar os emergentes

MEDIDAS1  BSB DF DILMA/MEDIDAS  - A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega conversam após anuncio das medidas pelo ministro, no  salão Branco do  Palacio do Planalto, em Brasília.03/04/2012. FOTO DIDA SAMPAIO/A
MEDIDAS1 BSB DF DILMA/MEDIDAS - A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega conversam após anuncio das medidas pelo ministro, no salão Branco do Palacio do Planalto, em Brasília.03/04/2012. FOTO DIDA SAMPAIO/A (Foto: Gisele Federicce)


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247 - A proposta de Orçamento de 2014, o último ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, foi elaborada considerando que a economia brasileira crescerá 4%, que, em valores nominais, deve somar R$ 5.242.900.000, informou nesta quinta-feira os ministros do Planejamento, Miriam Leitão, e da Fazenda, Guido Mantega.

O texto que está sendo encaminhado ao Congresso prevê ainda superávit primário de 167,4 bilhões de reais, com possibilidade de abatimento de 58 bilhões de reais em gastos com investimentos e desonerações.

Mantega classificou a meta como "ambiciosa", diante do cenário internacional, que tem prejudicado o PIB brasileiro, mas disse acreditar que o ambiente esteja "mais favorável" em 2014.

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"Com isso, teremos economia mundial um pouco mais dinâmica. Todo mundo vai poder exportar mais, ter saldos melhores e, com isso, poderemos alcançar 4% de crescimento", declarou o ministro.

Mantega lembrou, no entanto, que os número serão avaliados, novamente, no início de 2014. "Estaremos revendo esses números no começo do próximo ano com mais realismo porque estaremos mais próximos dos fatos", garantiu.

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A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5%. A meta do resultado primário do Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) é 2,2% do PIB, ou R$ 116,1 bilhões.

A meta fiscal de empresas estatais é zero e a de estados e municípios e suas estatais fica em 1% do PIB ou R$ 51,3 bilhões. Com isso, o superávit primário do setor público deve atingir R$ 167,4 bilhões ou 3,2% do PIB.

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O governo estimou ainda o abatimento do Governo Central no Projeto de Lei Orçamentária Anual em R$ 58 bilhões, o que representa 1,1% do PIB. Com isso, o resultado primário pode ficar em R$ 109,4 bilhões ou 2,1% do PIB.

Para 2013, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) havia fixado que o Governo Central tem de economizar R$ 63,1 bilhões, já levando em conta o abatimento de até R$ 45 bilhões de gastos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e de perda de receitas com desonerações.

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O superávit primário é a economia de recursos para pagar os juros da dívida pública. O esforço fiscal permite a redução, no médio e no longo prazos, do endividamento do governo. Desde o fim dos anos 1990, o governo segue uma meta de superávit primário.

Com Agência Brasil

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Economia dos EUA pode ajudar a puxar emergentes
PIB dos EUA acelera com força no 2º tri a uma taxa anual de 2,5%

WASHINGTON, 29 Ago (Reuters) - A economia dos Estados Unidos acelerou de maneira mais rápida que o esperado no segundo trimestre, graças ao aumento nas exportações, reforçando o cenário para que o Federal Reserve, banco central do país, reduza seu programa de estímulo econômico.

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Outros dados econômicos divulgados nesta quinta-feira mostraram que o número de norte-americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada, sinal potencial de aceleração de contratações em agosto.

O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu a uma taxa anual de 2,5 por cento no período entre abril e junho, de acordo com estimativas revisadas para o período que foram divulgadas pelo Departamento do Comércio nesta quinta-feira. A taxa de crescimento do trimestre foi mais que o dobro do ritmo registrado nos três meses anteriores.

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Os relatórios podem estimular a confiança de que a economia está melhorando apesar das medidas de austeridade do governo e uma taxa de desemprego ainda alta.

O governo havia estimado inicialmente que o PIB cresceu a uma taxa de 1,7 por cento no segundo trimestre. Mas dados recentes sobre o comércio mostraram que as exportações saltaram no período no ritmo mais rápido em mais de dois anos.

O governo também informou que os dados dos varejistas mostraram que as empresas reabasteceram suas prateleiras em um ritmo mais veloz no período de abril a junho do que inicialmente estimado.

Economistas consultados pela Reuters esperavam que a economia cresceria a um ritmo de 2,2 por cento.

Muitos economistas esperam que a economia irá acelerar mais no segundo semestre do ano, conforme as medidas de austeridade começarem a pesar menos sobre a produção nacional.

Esse peso ficou evidente no segundo trimestre, quando os gastos contraíram em todos os níveis do governo. De fato, os dados desta quinta-feira mostraram que o peso econômico dos cortes de gastos foi maior no segundo trimestre do que inicialmente previsto.

Ainda assim, os dados podem deixar as autoridades do banco central norte-americano mais confiantes em seu plano de começar a reduzir as compras mensais de títulos ainda neste ano.

"O mercado receberá (os dados como um sinal de que) a redução será mais provável no próximo mês", disse o economista Scott Brown, da Raymond James.

O programa do Fed reduziu os custos de empréstimo e ajudou a gerar uma recuperação no mercado imobiliário do país, que entrou em colapso durante a recessão de 2007-09.

No segundo trimestre, os investimentos no setor imobiliário representaram cerca de um quinto do crescimento da economia durante o período.

Entretanto, outros relatórios sugerem que o setor começou a parecer mais instável perto do fim do trimestre. Expectativas de que o Fed pode reduzir suas compras de 85 bilhões de dólares ao mês em títulos a partir de setembro têm elevado as taxas hipotecárias fortemente desde maio.

No segundo trimestre, os impostos mais altos pareceram segurar os consumidores. Os gastos do consumidor, que representam mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, desacelerou para um ritmo de crescimento de 1,8 por cento, após ter subido 2,3 por cento no primeiro trimestre.

Os lucros corporativos, entretanto, saltaram de modo inesperado no segundo trimestre. Após a subtração do impostos pagos pelas empresas, os lucros subiram a uma taxa anual de 4,2 por cento, o aumento mais veloz desde o fim de 2011.

Um relatório divulgado separadamente mostrou que o número de norte-americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu em linha com as expectativas.

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 6 mil, para 331 mil em dados ajustados sazonalmente, informou o Departamento do Trabalho. Os pedidos não ficaram muito longe do nível de 330 mil desde meados de julho, reforçando as expectativas de aceleração no ritmo de aumento de empregos em agosto.

(Reportagem de Jason Lange)

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