Banqueiros na cadeia: polícia prende ex-donos do Nacional
Justiça decreta prisão de Marcos Magalhães Pinto e de outros personagens envolvidos nas fraudes do banco, como o contador Clarimundo Sant' anna (foto); Nacional foi incorporado pelo Unibanco no governo FHC
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247 - A Justiça decretou a prisão do ex-banqueiro Marcos Magalhães Pinto, que foi presidente do Banco Nacional. Filho de Magalhães Pinto, ex-governador de Minas, Marcos comandou um banco que foi um dos maiores do País, mas sucumbiu na década de 90, quando estourou um escândalo sobre fraudes contábeis na instituição.
O Nacional foi um dos primeiros alvos do Proer, um programa lançado no governo FHC para socorrer bancos falidos depois do Plano Real. A parte boa do Nacional, segregada, foi vendida ao Unibanco, da família Moreira Salles, que depois se uniu ao Itaú.
Além de Marcos Magalhães Pinto, também foram presos o executivo Arnoldo Oliveira e o contador Clarimundo Santana, apontado como responsável pela montagem do esquema de fraudes, que envolvia milhares de contas-fantasma.
Abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:
PF prende ex-dirigentes do Banco Nacional condenados por crimes financeiros
Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Polícia Federal prendeu hoje (3) quatro ex-dirigentes do Banco Nacional, instituição que sofreu intervenção do Banco Central em 1995. Eles foram condenados por crimes financeiros, ao tentar encobrir rombos milionários na contabilidade da empresa com falsos empréstimos.
As prisões foram decretadas pela 1ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e cumpridas pela Polícia Federal durante a manhã. Entre os presos está o ex-presidente do banco, Marcos Magalhães Pinto. As irregularidades na gestão de negócios da instituição financeira provocaram, à época, a intervenção do Banco Central.
Os quatro chegaram cedo à sede da Superintendência da PF no Rio de Janeiro e, depois de serem submetidos a exame de corpo de delito, foram encaminhados para o sistema penitenciário fluminense.
Em 2004, Marcos Magalhães Pinto e outros os ex-diretores do banco receberam da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) a pena de 20 anos de inabilitação para o exercício do cargo de administrador ou para atuar como conselheiro fiscal de companhias abertas, por irregularidades na gestão do Nacional.
Edição: Davi Oliveira
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