Crise fiscal no Brasil? Só se for coisa do passado

Dados estatísticos revelam que o desempenho das contas públicas no Brasil foi muito pior nos oito anos do governo FHC do que nos 12 de Lula e Dilma, seja pelo conceito de resultado primário (sem as despesas com juros) ou nominal (que inclui todos os gastos); a despeito disso, economistas ligados ao antigo regime, como Pedro Malan e Gustavo Franco, têm criticado a política fiscal de Guido Mantega; a pergunta é: será que eles merecem algum crédito neste debate?

Dados estatísticos revelam que o desempenho das contas públicas no Brasil foi muito pior nos oito anos do governo FHC do que nos 12 de Lula e Dilma, seja pelo conceito de resultado primário (sem as despesas com juros) ou nominal (que inclui todos os gastos); a despeito disso, economistas ligados ao antigo regime, como Pedro Malan e Gustavo Franco, têm criticado a política fiscal de Guido Mantega; a pergunta é: será que eles merecem algum crédito neste debate?
Dados estatísticos revelam que o desempenho das contas públicas no Brasil foi muito pior nos oito anos do governo FHC do que nos 12 de Lula e Dilma, seja pelo conceito de resultado primário (sem as despesas com juros) ou nominal (que inclui todos os gastos); a despeito disso, economistas ligados ao antigo regime, como Pedro Malan e Gustavo Franco, têm criticado a política fiscal de Guido Mantega; a pergunta é: será que eles merecem algum crédito neste debate? (Foto: Ana Pupulin)


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Trata-se, como se vê, da manchete da Folha de S. Paulo desta quarta-feira – uma das mais alarmistas e editorializadas, com viés político, já publicadas em toda a sua história. Segundo o jornal, a  "desconfiança no governo Dilma faz dólar ter forte alta".

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Um leitor menos atento poderia imaginar que o Brasil estivesse vivendo uma nova maxidesvalorização, como acontecia na década de 80. Mas era uma alta de 2% da moeda americana, que fechou o dia de ontem cotada a R$ 2,29.

O motivo, segundo a Folha, seria a deterioração das contas públicas brasileiras. A ancorar a reportagem, uma declaração do insuspeito Gustavo Franco. "O governo colhe o que plantou. Quando há credibilidade, pode-se cometer pequenos erros, mas, quando a credibilidade se esgota, qualquer pequeno erro é um grande problema. A política fiscal é uma sucessão de equívocos e maquiagens", disse ele.

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Para quem não se lembra, Gustavo Franco foi presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique e não se contentou em cometer pequenos erros. Para sustentar uma cotação artificial do real, queimou mais de US$ 45 bilhões em reservas, elevou os juros à lua, cunhou a expressão "saco de maldades", para falar dos instrumentos de que dispunha, e, literalmente, ajudou a levar o Brasil à bancarrota, caindo no colo do Fundo Monetário Internacional.

Não por acaso, os números fiscais dos oito anos de governo FHC foram muito piores do que os registrados nos 12 anos de governos Lula e Dilma.

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247 levantou os dados do resultado primário (sem despesas com juros) e nominal (com todas as despesas) do setor público, ano a ano. Eis os dados de FHC: média de superávit primário de 1,5% e de déficit nominal em 5,1%. Agora, os de Lula e Dilma: superávit primário de 3,1% do PIB e déficit nominal em 3,1% também. Ou seja: a comparação – estatística, diga-se de passagem – é bastante favorável aos governos mais recentes.

Diante dos números, será que foi mesmo a perda de confiança no governo Dilma que fez o dólar subir ontem? Detalhe: nesta quarta, a moeda americana caiu e fechou cotada a R$ 2,28. Voltaram a confiar?

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