França quer dobrar intercâmbio comercial com Brasil até 2020

Projeção foi feita nesta sexta-feira pelo presidente francês, François Hollande, durante evento na Fiesp, na capital paulista; atualmente, o intercâmbio comercial do Brasil com o país europeu é da ordem de US$ 10 bilhões

São Paulo - SP, 13/12/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante Encontro Econômico Franco-Brasileiro.. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
São Paulo - SP, 13/12/2013. Presidenta Dilma Rousseff durante Encontro Econômico Franco-Brasileiro.. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR (Foto: Gisele Federicce)


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Camila Maciel
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – A França espera dobrar o intercâmbio comercial com o Brasil, atualmente da ordem de US$ 10 bilhões, até 2020. A projeção foi feita hoje (13) pelo presidente francês, François Hollande, na capital paulista. "O total das nossas importações e exportações aumentou 10% ao ano em 10 anos, dobraram portanto", declarou ao participar do Encontro Econômico Franco-brasileiro. Atualmente há 600 empresas francesas no Brasil e a metade delas está em São Paulo.

A presidenta Dilma Rousseff disse que também espera ampliar as trocas comerciais entre os dois países. "Elas poderiam ser maiores, porque temos em nossas economias potencial para tanto. Podemos ampliar nossas trocas tanto em qualidade como em equilíbrio", declarou.

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Atualmente, o comércio bilateral entre os dois países representa um déficit para o Brasil de US$ 1,8 bilhões. A presidenta citou os setores econômicos em que já há parceria econômica com a França, como a extração de petróleo do pré-sal, que contará com a empresa francesa Total. Ela lembrou ainda do acordo firmado ontem (12) para a implantação de um projeto de computação de alto desempenho. "Iniciativas de diálogo como essa são importantes para ampliar investimentos em nosso país", avaliou.

Durante o evento da sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Dilma Roussef reforçou o convite, diante de uma plateia de empresários franceses e brasileiros, para o aumento dos investimentos no país especialmente pelos fundamentos da macroeconomia do país. "O Brasil é, e continuará sendo, uma opção segura e atraente para investidores de quaisquer países", declarou.

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Ela citou, por exemplo, o endividamento líquido em torno de 35% do Produto Interno Bruto (PIB), reservas internacionais de US$ 376 bilhões, compromisso com estabilidade e controle da inflação. "Aliás, a inflação vai fechar em 2013 dentro da meta pelo décimo ano consecutivo", comemorou. A presidenta destacou ainda o fato de o Brasil estar entre os três países do G20 com resultados positivos em relação ao superávit primário.

Os recentes leilões de petróleo e de concessão de aeroportos foram lembrados pela presidenta como áreas em que o país conta com investimentos estrangeiros. "Duas semanas atrás fizemos a bem sucedida concessão de mais dois aeroportos, Galeão e Confins, dos seis aeroportos que serão concedidos", exemplificou. Ela disse que, em todos os casos, venceram grandes empresas com experiências da gestão de terminais aéreos e que contam com a parceria de empresas brasileiras.

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Além do aspecto econômico, Hollande considerou como "marca de fábrica" da economia brasileira o fato ter conseguido aliar crescimento e redistribuição social da renda por meio da educação, habitação e saúde. "Melhorar o capital humano para que ele esteja a serviço de um projeto coletivo. Isso explica porque o Brasil foi capaz de tirar 40 milhões de seus cidadãos da pobreza e de colocá-los em melhor situação para que sejam também, por sua vez, úteis à economia", declarou.

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