Sem acordo, Argentina se aproxima de calote
Ministro da Economia argentino, Axel Kicillof disse que as várias horas de negociações entre autoridades argentinas e investidores acabaram sem uma resolução; a NML Capital, unidade da Elliott Capital Management, e a Aurelius Capital Management, os dois fundos que estão no centro da batalha legal, disseram que ainda estão dispostos tentar um acordo; eles têm de receber US$ 1,33 bilhão
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Por Daniel Bases e Jorge Otaola
NOVA YORK/BUENOS AIRES (Reuters) - Várias horas de negociações entre autoridades argentinas e investidores "holdout" acabaram sem uma resolução, afirmou o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, em Nova York na terça-feira, um dia antes de o país enfrentar um possível default.
Kicillof deixou a reunião no escritório do mediador designado pelo tribunal em Manhattan por volta da 23h20 (00h20 da quarta-feira, horário de Brasília), e embora tenha dito que ambas as partes vão reunir-se novamente na quarta-feira, o mediador, Daniel Pollack, disse em comunicado que os detalhes de tal reunião ainda não foram definidos. Se um acordo não for alcançado, a Argentina corre o risco de outro default de suas obrigações soberanas.
"Não posso dar informações", disse Kicillof a repórteres. "Estamos trabalhando."
A reunião de terça-feira foi histórica já que foi a primeira vez que ambos os lados se reuniram frente a frente. Em comunicado, Pollack afirmou que seria decidido durante a noite se os dois lados iriam reunir-se na quarta-feira. Embora as partes tenham tido uma "franca troca de opiniões e preocupações", as questões que as dividem ainda não estão resolvidas, completou ele.
A NML Capital, unidade da Elliott Capital Management, e a Aurelius Capital Management, os dois fundos que estão no centro da batalha legal, disseram que estão dispostos a negociar um acordo. Eles têm de receber 1,33 bilhão de dólares, mais juros, segundo a decisão do juiz distrital norte-americano Thomas Griesa, que determinou que a Argentina pague os holdouts no mesmo momento que os investidores que concordaram com a reestruturação da dívida em 2005 e 2010.
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