Ibovespa cai 6,2% na semana com mudança política

Em meio à recuperação da presidente nas pesquisas eleitorais, índice registra a pior semana desde maio de 2012; Bovespa fechou o período em queda de 6,19% em meio a uma bateria de pesquisas mostrando a petista empatada com Marina Silva (PSB); somente nesta sexta-feira, queda foi de 2,42%; papéis da Petrobras caíram cerca de 12% na semana e 5% hoje

Em meio à recuperação da presidente nas pesquisas eleitorais, índice registra a pior semana desde maio de 2012; Bovespa fechou o período em queda de 6,19% em meio a uma bateria de pesquisas mostrando a petista empatada com Marina Silva (PSB); somente nesta sexta-feira, queda foi de 2,42%; papéis da Petrobras caíram cerca de 12% na semana e 5% hoje
Em meio à recuperação da presidente nas pesquisas eleitorais, índice registra a pior semana desde maio de 2012; Bovespa fechou o período em queda de 6,19% em meio a uma bateria de pesquisas mostrando a petista empatada com Marina Silva (PSB); somente nesta sexta-feira, queda foi de 2,42%; papéis da Petrobras caíram cerca de 12% na semana e 5% hoje (Foto: Gisele Federicce)


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Por Lara Rizério

SÃO PAULO - O Ibovespa teve uma semana no "vermelho", com forte queda de 6,19% e tendo a pior semana desde maio de 2012, guiado pelas pesquisas eleitorais que mostraram recuperação de Dilma Rousseff na corrida presidencial - o que não é visto com bons olhos pelos investidores devido à sua intervenção no mercado - além do Federal Reserve. O índice fechou em queda de 2,42% apenas nesta sexta-feira, a 56.927 pontos, em sua sétima baixa em oito pregões.

A pesquisa Sensus revelada no último final de semana até animou, mas os rumores apontando que a candidatura de Marina Silva se enfraqueceria, sendo confirmado pelas pesquisas CNT/MDA, Datafolha, Vox Populi e Ibope, fizeram com que a Bolsa realizasse fortemente os ganhos registrados desde a oficialização da candidatura de Marina Silva somente nesta semana.

Além disso, o "fato novo", com a revelação de parte do depoimento do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa pela Veja envolvendo aliados do governo em um esquema de propina na empresa estatal não afetaram o desempenho de Dilma Rousseff.

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"Com quatro pesquisas feitas após o vazamento do depoimento do ex-diretor de abastecimento da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, muita gente esperava um 'fato novo' que segurasse a recuperação de Dilma. Tudo indica que não foi dessa vez. Ao contrário, à medida que a candidatura Marina vai consolidando seu viés conservador, ela vai encontrando um limite para seu crescimento", ressalta o economista-chefe da TOV Corretora, Pedro Paulo Silveira.

E, conforme afirma o economista, também "colaborou para o mal estar dos mercados a divulgação das vendas do varejo dos EUA: elas subiram 0,6% e aumentaram os receios do mercado de que o Federal Reserve pode antecipar a alta dos juros básicos, que é esperada para o meio do ano que vem". A próxima reunião da autoridade monetária acontece na semana que vem e deve ser acompanha de perto pelos investidores.

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Destaques da sessão e da semana

Com isso, as ações de estatais tiveram forte queda, com destaque para as ações da Petrobras (PETR3;PETR4), que acumularam perdas de quase 12% apenas nesta semana e baixa de cerca de 5% somente nesta sexta-feira.

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Nesta sexta-feira, o mercado repercutiu nova pesquisa eleitoral CNI/Ibope e o IBC-Br, considerado uma espécie de prévia do PIB (Produto Interno Bruto), que mostrou crescimento da economia brasileira no início do segundo trimestre, enquanto aguarda pelo vencimento de opções sobre ações na próxima segunda-feira e piora no ambiente externo.

A pesquisa CNI/Ibope mostrou Dilma Rousseff (PT) com 39% das intenções de votos no 1° turno, seguida por Marina Silva (PSB), 31%, e Aécio Neves (PSDB), com 15%. Na comparação com a última pesquisa, Dilma subiu 2 pontos, enquanto Marina caiu a mesma pontuação. No segundo turno, Marina teria 43% contra 42% de Dilma; entre Dilma e Aécio, a petista venceria o tucano por 48% contra 33%.

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Além de Petrobras, os papéis do setor financeiro mostram forte queda hoje, sendo ele: Banco do Brasil (BBAS3, R$ 30,96,-2,59%), Bradesco (BBDC3, R$ 36,92, -3,12%; BBDC4, R$ 37,00, -2,81%) e Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 37,04, -3,59%). Essa é a primeira semana de queda do Itaú e Bradesco depois de quatro semanas de ganhos.

No radar do mercado, o IBC-Br mostrou crescimento de 1,5% em julho - maior crescimento desde junho de 2008. Em relação a julho de 2013, houve expansão de 5,28%, de acordo com os dados sem ajustes para o período.

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Os investidores mostram grande expectativa ainda em relação à possibilidade de o Federal Reserve indicar uma alteração de sua política monetária na próxima reunião marcada para semana que vem. Enquanto aguarda pelas próximas sinalizações dos Estados Unidos, o dólar acumula hoje sua quinta sessão consecutiva de ganhos e supera a marca de R$ 2,30 pela primeira vez desde o fim de março. O dólar comercial registrava alta de 1,57%, a R$ 2,33.

Chama atenção hoje ainda os papéis das exportadoras Embraer (EMBR3), Fibria (FIBR3) e Suzano (SUZB5) em meio à disparada do dólar.
Outros papéis que ganham força hoje são os das siderúrgicas, que dão uma trégua a derrocada dos últimos dias. Destaque para Gerdau (GGBR4), Metalúrgica Gerdau (GOAU4), Usiminas (USIM5) e CSN (CSNA3), que ficaram no positivo nesta sessão.

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Nos EUA, as principais bolsas registraram queda hoje. Os avanços da confiança do consumidor dos Estados Unidos não foi suficiente para estimular o risco, reforçando receios com o Federal Reserve. Nesta sessão, Dow Jones (-0,36%, 16.988 pontos), Nasdaq (-0,52%, 4.568 pontos) e S&P 500 (-0,57%, 1.986 pontos) operam no vermelho. O mercado trabalha com a expectativa de que na reunião da próxima semana o Fed dê detalhes sobre a elevação de juros. O rendimentos dos Treasuries e o dólar foram impulsionados nesta sessão, após rumores de que o Fed pode adotar uma postura "hawkish", possivelmente descartando o compromisso de manter os juros baixos.

Na Ásia, as bolsas fecharam entre perdas e ganhos com investidores cautelosos sobre a política monetária dos EUA. Na Europa, a tensão aumenta com o início das novas sanções anunciadas pelos EUA e alguns países do grupo europeu contra a Rússia. Assim como ocorreu da última vez, algumas contra-medidas podem ser tomadas pelos russos e "atrapalhar" as negociações na região, além de aumentar os problemas entre as maiores potencias do mundo.

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