Mantega estava certo? Dólar já caiu R$ 0,16 após a reeleição de Dilma

Ministro da Fazenda Guido Mantega disse no dia 19 de outubro que quem apostasse em uma alta do dólar após a reeleição da presidente Dilma Rousseff iria "quebrar a cara"; após abrir a segunda-feira em R$ 2,56, o dólar futuro voltou a R$ 2,40 nesta quinta (30); o consenso era de que uma reeleição da petista iria derrubar a Bolsa e disparar o dólar, com projeções que apontavam para a moeda em R$ 2,70; até agora, Mantega estava certo

Ministro da Fazenda Guido Mantega disse no dia 19 de outubro que quem apostasse em uma alta do dólar após a reeleição da presidente Dilma Rousseff iria "quebrar a cara"; após abrir a segunda-feira em R$ 2,56, o dólar futuro voltou a R$ 2,40 nesta quinta (30); o consenso era de que uma reeleição da petista iria derrubar a Bolsa e disparar o dólar, com projeções que apontavam para a moeda em R$ 2,70; até agora, Mantega estava certo
Ministro da Fazenda Guido Mantega disse no dia 19 de outubro que quem apostasse em uma alta do dólar após a reeleição da presidente Dilma Rousseff iria "quebrar a cara"; após abrir a segunda-feira em R$ 2,56, o dólar futuro voltou a R$ 2,40 nesta quinta (30); o consenso era de que uma reeleição da petista iria derrubar a Bolsa e disparar o dólar, com projeções que apontavam para a moeda em R$ 2,70; até agora, Mantega estava certo (Foto: Valter Lima)


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SÃO PAULO - Guido Mantega, nos últimos anos, tem sido bastante lembrado pelo mercado com suas previsões bastante otimistas com a economia brasileira. Mais recentemente o ministro da Fazenda comentou sobre o câmbio, em um momento onde os investidores estavam se preparando para o que poderia ocorrer no cenário pós-eleições. O consenso era de que uma reeleição de Dilma Rousseff (PT) iria derrubar a Bolsa e disparar o dólar, com projeções que apontavam para a moeda em R$ 2,70.

Mas Mantega avisou ainda no dia 19 de outubro: "quem apostar em uma alta do dólar vai quebrar a cara". E parece que ele estava certo. Na segunda-feira (27) seguinte ao segundo turno, a moeda norte-americana disparou e fechou aos R$ 2,5229 na venda, mas nestes três pregões seguintes a queda chegou a 4,56%, com a divisa chegando a perder os R$ 2,40 nesta quinta-feira (30). No mercado futuro o movimento foi ainda mais forte, com a moeda abrindo o pregão da segunda em R$ 2,56 e caindo para R$ 2,40 na sessão desta quinta. Hoje, o dólar comercial fechou com queda de 2,45%, cotado a R$ 2,4064 na compra e R$ 2,4079 na venda.

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Uma semana antes das eleições, Mantega concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S. Paulo e disse que "não há motivo para isso [apostar em queda da Bolsa ou alta do dólar]. Agora, se alguém tentar fazer isso vai quebrar a cara. Rali contra o câmbio vai quebrar a cara porque nós temos US$ 380 bilhões de reservas. Somos poderosos nessa área. Não tem razão para fazer rali, mesmo porque a política que nós vamos praticar está clara, não tem mistério. E acredito que é uma política que interessa a todos, à maioria da população".

Seja esse um acerto do ministro ou não, é importante destacar que as quedas se dão por uma combinação de fatores que tiveram início na terça-feira (28) com as primeiras sinalizações e expectativa sobre o nome de quem seria o substituto de Mantega a partir do próximo ano, já que Mantega deixará o cargo. Nomes como Luiz Carlos Trabuco, presidente-executivo do Bradesco, Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central, e Nelson Barbosa, ex-secretário-executivo do Ministério da Fazenda ajudaram a trazer otimismo para os investidores, que começam a apostar em um nome que seja conhecido do mercado.

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Ontem, o dólar ameaçou cair forte, mas perdeu força e fechou com leves perdas de 0,2%, após o Federal Reserve encerrar o programa de estímulos à economia e fazer comentários mais claros sobre a elevação de juros. Porém, a surpresa veio na parte da noite, quando o Banco Central brasileiro inesperadamente elevou a taxa básica de juros, a Selic, para 11,25% ao ano.

Por si só este movimento da autoridade monetária já ajuda na queda do dólar, já que com um juro mais alto o investimento no Brasil volta a ser mais atrativo para o estrangeiro. Mas mais do que isso, fazer um movimento como este logo após as eleições ajuda a levar para o mercado uma sinalização de que o novo governo deve lutar para recuperar a credibilidade.

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