Contra "cartel", Hage favorece Odebrecht

Controladoria-Geral da União, comandada por Jorge Hage, abre processo contra oito construtoras citadas na Lava Jato, mas deixa de fora a Odebrecht, comandada por Marcelo Odebrecht, que pagou a maior propina descoberta até agora: US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, na Suíça; iniciativa do ministro pode tornar praticamente todas as construtoras do país "inidôneas", menos a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, ambas citadas na Lava Jato, mas, até agora, estranhamente poupadas

Controladoria-Geral da União, comandada por Jorge Hage, abre processo contra oito construtoras citadas na Lava Jato, mas deixa de fora a Odebrecht, comandada por Marcelo Odebrecht, que pagou a maior propina descoberta até agora: US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, na Suíça; iniciativa do ministro pode tornar praticamente todas as construtoras do país "inidôneas", menos a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, ambas citadas na Lava Jato, mas, até agora, estranhamente poupadas
Controladoria-Geral da União, comandada por Jorge Hage, abre processo contra oito construtoras citadas na Lava Jato, mas deixa de fora a Odebrecht, comandada por Marcelo Odebrecht, que pagou a maior propina descoberta até agora: US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, na Suíça; iniciativa do ministro pode tornar praticamente todas as construtoras do país "inidôneas", menos a Odebrecht e a Andrade Gutierrez, ambas citadas na Lava Jato, mas, até agora, estranhamente poupadas (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - A pretexto de combater um "cartel" de empreiteiras, o ministro Jorge Hage, da Controladoria-Geral da União pode estimular a formação de um duopólio no setor.

Ontem, a CGU anunciou a abertura de processos administrativos contra oito empresas citadas na Lava-Jato: Camargo Corrêa, Engevix, Galvão Engenharia, Iesa, Mendes Junior, OAS, Queiroz Galvão e UTC-Constran.

No entanto, Hage deixou de fora a empreiteira que pagou a maior propina descoberta pelos investigadores: a Odebrecht, que, segundo Paulo Roberto Costa, lhe depositou US$ 23 milhões, na Suíça, para não ser importunada em seus contratos.

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Na semana passada, procuradores federais foram à Suíça e declararam ter comprovado o que Costa disse em sua delação. No entanto, até agora, a Odebrecht vem sendo relativamente poupada pelos investigadores que comandam a Lava Jato – a empresa foi alvo apenas de operações de busca e apreensão e não teve executivos presos.

Com tratamento privilegiado, a empresa também adotou uma nova estratégia: a de que a melhor defesa é o ataque e, nesta semana, anunciou que irá processar a Petrobras para cobrar pagamentos que não estariam sendo feitos.

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A estatal, comandada por Graça Foster, reduziu pela metade um contrato de US$ 800 milhões da Odebrecht no exterior, apontando diversos indícios de superfaturamento – no entanto, a empreiteira de Marcelo Odebrecht foi à Justiça para recber o que a estatal vê como sobrepreço.

Caso a iniciativa da CGU culmine como a inidoneidade das oito empreiteiras citadas (o que já ocorreu no passado com as construtoras Gautama e Delta), sobrarão apenas duas grandes construtoras aptas a contratar com a União: a Odebrecht, que pagou US$ 23 milhões a Paulo Roberto Costa, e a Andrade Gutierrez, apontada como uma das mais próximas ao lobista Fernando Baiano.

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Leia, aqui, reportagem da Folha de S. Paulo sobre a iniciativa de Hage.

 

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