Petrobras ameniza queda e faz Bolsa zerar perdas

Ibovespa voltou a zerar perdas depois que a Petrobras amenizou sua queda ao final da teleconferência dos resultados da estatal, mesmo com ameaça de não pagamento de dividendos; às 16h17, o índice tinha leve recuo de 0,05%, a 47.670 pontos; ações da estatal caíam entre 2% e 3% ao final do pregão

Ibovespa voltou a zerar perdas depois que a Petrobras amenizou sua queda ao final da teleconferência dos resultados da estatal, mesmo com ameaça de não pagamento de dividendos; às 16h17, o índice tinha leve recuo de 0,05%, a 47.670 pontos; ações da estatal caíam entre 2% e 3% ao final do pregão
Ibovespa voltou a zerar perdas depois que a Petrobras amenizou sua queda ao final da teleconferência dos resultados da estatal, mesmo com ameaça de não pagamento de dividendos; às 16h17, o índice tinha leve recuo de 0,05%, a 47.670 pontos; ações da estatal caíam entre 2% e 3% ao final do pregão (Foto: Gisele Federicce)


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Por Paula Barra • Ricardo Bomfim

SÃO PAULO - O Ibovespa voltou a zerar perdas depois que a Petrobras amenizou sua queda ao final da Teleconferência dos resultados da estatal, mesmo com ameaça de não pagamento de dividendos. Às 16h17 (horário de Brasília), o índice tinha leve recuo de 0,05%, a 47.670 pontos. Na contramão, o dólar avançava 1,42%, a R$ 2,6135.

O dia era marcado também pela reunião do FOMC (Comitê Federal de Mercado Aberto), que mostrou otimismo com a economia dos Estados Unidos, deixando em aberto a possibilidade de um aumento dos juros básicos ainda este ano, enquanto a ata do Copom (Comitê de Política Monetária) também repercutia aqui. O documento teve tom mais "hawkish" (duro), aumentando as previsões de inflação para o ano e indicando um aperto monetário mais firme.

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Nos EUA, destaque ainda para o pedidos de auxílio-desemprego, que atingiu seu nível mais baixo em 15 anos. O número de pedidos caiu para 265 mil na semana que acabou em 24 de janeiro. Economistas previam uma queda para "apenas" 300 mil. 

Ações em destaque Dentre os destaques de ações, os papéis da Petrobras (PETR3, R$ 8,56, -0,81%; PETR4, R$ 8,71, -3,54%), que viraram depois de seguir durante a maior parte da sessão o movimento de ontem, quando a estatal caiu após divulgar seu resultado do terceiro trimestre sem as baixas contábeis. Nesta tarde, a companhia realizou sua teleconferência dos balanços. O CFO da empresa, Almir Barbassa, disse que a companhia poderia não pagar dividendos na tentativa de resolver problemas de curto prazo. Hoje ainda o HSBC cortou a recomendação do papel da empresa de neutra para "underweight". O banco ainda cortou o preço-alvo das suas ações ordinárias de R$ 10 para R$ 5,70.

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Chamava atenção hoje também o desempenho da Vale (VALE3, R$ 18,05, -4,75%; VALE5, R$ 16,15, -4,15%), que intensificou as perdas nesta tarde, acompanhadas pelos papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 11,43, -4,67%), holding que detém participação na mineradora, em meio às preocupações sobre a China, o principal destino das suas exportações. Por lá, voltaram a surgir preocupações com as restrições do governo a empréstimos assumidos por corretoras locais. Declarações do vice-presidente da Associação de Minério de Ferro e Aço da China sobre a estabilidade da demanda por aço no País em 2014 (primeira vez em 14 anos que o consumo não crescerá na China). Também caem os papéis das siderúrgicas Usiminas (USIM5, R$ 3,55, -4,31%) e CSN (CSNA3, R$ 4,39, -4,15%).

O Bradesco (BBDC3, R$ 33,87, -0,27%; BBDC4, R$ 34,86, -0,80%) viu seu lucro subir quase 30% no quarto trimestre, apoiado em maiores margens com crédito, robusta alta em seguros e menos despesas com provisões para calotes, embora o crédito tenha crescido abaixo do previsto. De outubro a dezembro, o lucro líquido do segundo maior banco privado do país somou R$ 3,993 bilhões, aumento ano a ano de 29,7%. Excluindo itens não recorrentes, o lucro somou R$ 4,132 bilhões, alta de 29,2%. A previsão média de analistas consultados pela Reuters apontava para lucro recorrente de R$ 3,971 bilhões.

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Para a Votorantim Corretora, os resultados do quatro trimestre reforçam a visão difícil que os bancos estão enfrentando no atual cenário de economia enfraquecida. "Esperamos que o Bradesco mantenha baixo apetite por risco, e continue entregando bons resultados através de um rigoroso controle de custos e geração de receitas provenientes de taxas e seguros", disseram os analistas Flavio Yoshida e George Chen, que assinam o relatório da corretora.

Das ações que moderavam as perdas estavam Ambev (ABEV3, R$ 17,61, +2,92%) e Cielo (CIEL3, R$ 40,09, +2,51%). Algumas interpretações do mercado foram de que os dados de desemprego abaixo do esperado trariam uma melhora para o cenário dessas empresas, que se beneficiam de um consumo mais aquecido, porém, segundo o analista João Pedro Brugger, da Leme Investimentos, dados anteriores do Caged contrastam com este cenário, fazendo com que ele acredite mais em um cenário no qual os investidores optam por papéis mais defensivos. 

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