Temer: pausa no crescimento da economia é passageira

"O ideal [seria] que não houvesse essa pausa. Mas, muitas vezes, ela é exatamente para engatar de novo e sair em alta velocidade. Agora, como preguei aqui para empresários, o que devemos fazer é manter o otimismo", declarou o vice-presidente, após palestra sobre reforma política no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP)

"O ideal [seria] que não houvesse essa pausa. Mas, muitas vezes, ela é exatamente para engatar de novo e sair em alta velocidade. Agora, como preguei aqui para empresários, o que devemos fazer é manter o otimismo", declarou o vice-presidente, após palestra sobre reforma política no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP)
"O ideal [seria] que não houvesse essa pausa. Mas, muitas vezes, ela é exatamente para engatar de novo e sair em alta velocidade. Agora, como preguei aqui para empresários, o que devemos fazer é manter o otimismo", declarou o vice-presidente, após palestra sobre reforma política no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) (Foto: Paulo Emílio)


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Camila Maciel - Repórter da Agência Brasil

O vice-presidente da República, Michel Temer, lamentou hoje (27) que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) tenha representado uma pausa no crescimento econômico em 2014. "O ideal [seria] que não houvesse essa pausa. Mas, muitas vezes, ela é exatamente para engatar de novo e sair em alta velocidade. Agora, como preguei aqui para empresários, o que devemos fazer é manter o otimismo", declarou, após palestra sobre reforma política, no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

A economia brasileira cresceu 0,1% em 2014, na comparação com o ano anterior. O PIB fechou o ano em R$ 5,52 trilhões, segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Temer avaliou que o ano é reflexo de dificuldades passageiras. "Você sabe que o Brasil está passando por algumas dificuldades, mas que estão sendo superadas, precisamente em face da atuação do governo. Você tem todos esse ajustes, que embora pareçam restritivos, na verdade visam a obter uma economia saudável ainda neste ano de 2015. Preocupa? Claro que preocupa, mas é superável. Claro que é", declarou.

Durante a palestra no Secovi-SP, Temer relatou que manteve diálogo com a oposição ao governo no Congresso para negociar prováveis mudanças na Medida Provisória (MP) 672/2015, que trata da política de reajuste do salário mínimo de 2016 a 2019, que receberá emendas até a próxima terça-feira (31).

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"Há poucos dias, liguei para os companheiros da oposição e disse que temos que fazer distinção entre governo e Estado. Se é governo, não me atrevo a ligar, porque tenho que respeitar a oposição ao governo. Mas esta é uma questão de Estado", apontou. Ele disse que espera a aprovação da MP, mas deve obediência às decisões do Legislativo.

Ele negou que o governo esteja batendo de frente com o PMDB. "Os projetos do governo têm sido aprovados pelo Congresso Nacional. O que tem acontecido é que o Congresso está colocando uma pauta própria. Aí eu concordo que é muito natural. Acabei de dizer: governo governa com apoio do Legislativo. Agora, os temas do governo, embora muito debatidos e às vezes até aperfeiçoados pelo Congresso Nacional, têm sido aprovados. Não há nenhum embaraço em relação a isso", apontou.

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Temer reafirma defesa do financiamento privado em campanhas eleitorais

O vice-presidente reafirmou que defende a manutenção do financiamento privado de campanha, em uma provável reforma política. Segundo ele, muitos parlamentares pregam o financiamento público, mas quando os jornais publicarem que vai precisar de R$ 120 bilhões para a campanha, por exemplo, virá estampado também quantas escolas e hospitais seria possível fazer com o dinheiro. "Financiamento público é algo complicado para o nosso sistema. Acho que temos de defender o financiamento privado", declarou ele, ao participar de debate sobre o tema, no Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).

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O fim do financiamento por pessoas jurídicas a políticos em campanha eleitoral veio à tona, sobretudo, depois das denúncias de corrupção na Petrobras, com o pagamento de propinas por empresas que estão sendo investigadas na Operação Lava Jato. A declaração do vice-presidente diverge da posição expressa pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rosseto, que defende o financiamento público como mecanismo de combate à corrupção.

Temer defendeu ainda o voto majoritário para deputados federais, o chamado distritão. "Tenho sustentado, com relativo sucesso, que devemos mudar o sistema proporcional", declarou. Ele avalia que, em face do coeficiente eleitoral, estão assumindo candidatos com poucos votos, o que não é representativo da vontade popular. Em relação à reforma política, ele propõe a coincidência das eleições e o fim da reeleição, com os mandatos passando a ser de cinco anos. Temer reconhece, contudo, que o principal obstáculo para o encaminhamento da reforma é o individualismo dos parlamentares.

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O vice-presidente não vê o cenário político atual como empecilho para o andamento da pauta no Congresso. "Essa crise política que estamos passando, que não deve preocupar, ajuda a ideia na reforma política", que deve ser votada ainda este ano pelas suas estimativas. "Todo fato jurídico surge quando o fato cotidiano vai se repetindo, maturando, e num dado momento, impõe-se a necessidade de normatividade sobre o assunto. Hoje há uma maturação nessa questão, que agora vai", estimou. Ele negou que o país viva uma crise institucional, e qualificou o momento como "uma dificuldade política e econômica transitória".

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