Novo plano de negócios da Petrobras será 20% menor
Informações foram antecipadas pela agência Reuters; o plano atual 2014-2018 prevê investimentos de US$ 220,6 bilhões; com o corte da ordem de 20%, representaria um novo plano plurianual de negócios da Petrobras, comandada por Aldemir Bendine, de pouco mais de US$ 176 bilhões
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Por Rodrigo Viga Gaier
RIO DE JANEIRO (Reuters) - O escândalo de corrupção que envolve a Petrobras e importantes fornecedores levará a petroleira a reduzir em cerca de 20 por cento os investimentos em seu próximo plano de negócios de cinco anos, disse à Reuters nesta quinta-feira uma fonte com conhecimento direto do assunto.
Segundo a fonte, que falou sob condição de anonimato, o plano de negócios da Petrobras para o período de 2015 a 2019 deverá ser divulgado em maio.
"Em números absolutos pode ter uma variação para baixo em torno dos 20 por cento, pode ser", afirmou a fonte, ao ser questionada sobre estimativas de analistas de redução de 20 a 30 por cento dos investimentos futuros pela Petrobras.
O plano atual 2014-2018 prevê investimentos de 220,6 bilhões de dólares. Assim, o corte da ordem de 20 por cento representaria um novo plano plurianual de negócios da Petrobras orçado em pouco mais de 176 bilhões de dólares.
"Ainda será um plano de investimento robusto, porém mais dentro da realidade de caixa da empresa e devido à capacidade da empresa de realização desse plano, dado o fato de os fornecedores passarem essa situação perante as investigações", disse a fonte.
A Petrobras está no centro de um escândalo de corrupção bilionário investigado pela Operação Lava Jato, da Política Federal, com envolvimento de funcionários, executivos de empreiteiras e políticos.
BRASKEM
Sobre o plano de desinvestimento da Petrobras, anunciado para 2015 e 2016 no valor de 13,7 bilhões de dólares, a fonte disse que ele poderá até superar esse montante, com a petroleira buscando ficar com ativos fundamentais, como os campos do pré-sal.
Recentemente, surgiram rumores sobre a possibilidade de a petroleira vender sua participação na Braskem. A fonte classificou essa possibilidade como "especulação".
"Não houve nenhuma conversa sobre Braskem", enfatizou.
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