Golpismo isola João Doria, que ataca o PT: 'fujões'

Terminou nesta terça-feira, em Comandatuba, na Bahia, o encontro empresarial promovido pelo empresário João Doria Jr., que, pela primeira vez em 15 anos, não teve representantes nem do governo federal, nem do Partido dos Trabalhadores; irado, o empresário que, no governo Lula, se notabilizou pelo movimento Cansei, rotulou os petistas como "fujões"; o fato é que Doria conseguiu se tornar persona non grata no governo; o motivo é sua adesão escancarada à tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff; além disso, recentemente, surgiu a suspeita de que ele comercializaria lugares próximos a autoridades – o que foi negado pelo empresário

Terminou nesta terça-feira, em Comandatuba, na Bahia, o encontro empresarial promovido pelo empresário João Doria Jr., que, pela primeira vez em 15 anos, não teve representantes nem do governo federal, nem do Partido dos Trabalhadores; irado, o empresário que, no governo Lula, se notabilizou pelo movimento Cansei, rotulou os petistas como "fujões"; o fato é que Doria conseguiu se tornar persona non grata no governo; o motivo é sua adesão escancarada à tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff; além disso, recentemente, surgiu a suspeita de que ele comercializaria lugares próximos a autoridades – o que foi negado pelo empresário
Terminou nesta terça-feira, em Comandatuba, na Bahia, o encontro empresarial promovido pelo empresário João Doria Jr., que, pela primeira vez em 15 anos, não teve representantes nem do governo federal, nem do Partido dos Trabalhadores; irado, o empresário que, no governo Lula, se notabilizou pelo movimento Cansei, rotulou os petistas como "fujões"; o fato é que Doria conseguiu se tornar persona non grata no governo; o motivo é sua adesão escancarada à tentativa de golpe contra a presidente Dilma Rousseff; além disso, recentemente, surgiu a suspeita de que ele comercializaria lugares próximos a autoridades – o que foi negado pelo empresário (Foto: Leonardo Attuch)


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247 - Os eventos promovidos pelo empresário João Doria Jr., presidente do Grupo de Líderes Empresariais, o Lide, não deverão mais contar com representantes do governo Dilma Rousseff ou do Partido dos Trabalhadores.

Isso ficou claro no Fórum de Comandatuba, promovido há 15 anos pelo empresário, que, pela primeira vez, não contou com nenhum ligado ao governo ou ao PT.

Irado, o empresário protestou, num dos debates. "Fujões", disse Doria. "Fazia sentido o PT estar aqui defendendo o indefensável. Convidei 13 senadores e 15 deputados do PT e ninguém apareceu, o PT fugiu do debate. Nossa repulsa à eles", afirmou.

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Esvaziado, o encontro, que em geral serve para aproximar empresários de ministros e representantes do governo, foi apenas uma festa da oposição. Um dos palestrantes foi o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Outro, o também tucano Rogério Chequer, que lidera o movimento Vem pra Rua.

Doria, que durante muitos anos foi prestigiado por ministros dos governos Lula e Dilma, agora é persona non grata. E isso por esforço do próprio empresário.

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Ele, que, no governo Lula, lançou o movimento Cansei, propôs a derrubada da presidente Dilma num artigo publicado na Folha em 31 de março deste ano. “O ciclo do lulopetismo se exauriu e a presidente da República isolou-se da esfera política, administrando o país sem ouvir a sociedade”, defendendo o impeachment, "antes que seja tarde" (confira aqui).

Outra polêmica recente dizia respeito aos rumores de que Doria "comercializaria", por valores mais altos, locais na mesa em que sentariam ministros. O chefe da Justiça, José Eduardo Cardozo, desistiu de participar do Forum quando soube que clientes da consultoria de José Dirceu, investigados pela Polícia Federal, poderiam sentar-se ao seu lado na Bahia – em nota, Doria negou tal prática (confira aqui).

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Isolamento entre os empresários

A imprudente adesão de Doria ao golpismo não serviu apenas para esvaziar o Fórum de Comandatuba. Também gerou atritos com os empresários, que se posicionaram contra o impeachment.

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"Não vi até agora nenhum fato relevante. Não dá para mudar as regras no meio do jogo", afirmou Edson de Godoy Bueno, fundador da Amil e presidente da Amilpar.

"Não existem elementos para o impeachment. Vários juristas já se manifestaram sobre isso. Não há uma base legal", concordou Luiz Fernando Furlan, membro do conselho da BRF e ex-ministro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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Até a grande esperança do encontro, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foi contrário à ideia de enquadrar a presidente Dilma pelas chamadas "pedaladas fiscais". "É um fato do mandato anterior", disse ele.

Doria Jr., no entanto, não arredou pé. "Sou à favor de que não se exclua essa possibilidade. O Congresso não pode ficar distante desse clamor".

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Mas até um de seus convidados pitorescos, o juiz Arnaldo Cesar Coelho, rechaçou a hipótese. "Pode o impeachment, Arnaldo?". "Não pode, a regra é clara", respondeu.

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