Para Pochmann, chegou a hora de reduzir jornada

Presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade vinculada ao PT, economista defende o que chama de nova agenda do trabalho civilizado, onde o ingresso no mercado deveria acontecer apenas depois do curso superior, o que já acontece com "os filhos dos ricos", e com jornada semanal menor; para ele, o atual ambiente econômico continua constrangendo a evolução do emprego, pois, num quadro de crescimento "medíocre", assegura, ressurgem as possibilidades de regressão por meio da flexibilização do trabalho

Presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade vinculada ao PT, economista defende o que chama de nova agenda do trabalho civilizado, onde o ingresso no mercado deveria acontecer apenas depois do curso superior, o que já acontece com "os filhos dos ricos", e com jornada semanal menor; para ele, o atual ambiente econômico continua constrangendo a evolução do emprego, pois, num quadro de crescimento "medíocre", assegura, ressurgem as possibilidades de regressão por meio da flexibilização do trabalho
Presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade vinculada ao PT, economista defende o que chama de nova agenda do trabalho civilizado, onde o ingresso no mercado deveria acontecer apenas depois do curso superior, o que já acontece com "os filhos dos ricos", e com jornada semanal menor; para ele, o atual ambiente econômico continua constrangendo a evolução do emprego, pois, num quadro de crescimento "medíocre", assegura, ressurgem as possibilidades de regressão por meio da flexibilização do trabalho (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O economista Marcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo, defendeu uma nova agenda do trabalho civilizado em entrevista à Rede Brasil Atual. Para ele, o ingresso no mercado deveria acontecer apenas depois do curso superior – o que já acontece com "os filhos dos ricos" – e com jornada semanal menor. "Temos uma massa de jovens que são heróis do Brasil, porque trabalham e estudam", afirmou, durante o 20º Congresso Nacional dos Procuradores do Trabalho, encerrado no sábado (18). Para ele, é possível imaginar a entrada no mercado de trabalho depois dos 22 anos e com jornadas semanais cada vez mais reduzidas.

Segundo ele, o atual ambiente econômico "continua constrangendo" a evolução do emprego. Em um quadro de crescimento "medíocre", lembrou, ressurgem as possibilidades de regressão por meio da flexibilização do trabalho. "Se abre uma rodada que se imaginava interrompida."

De acordo com o econimista, 70% da redução da desigualdade nos últimos anos se explica pelo mercado de trabalho. O Brasil criou 22 milhões de empregos formais, sendo 95% com rendimento de até 1,5 salário mínimo. "Essa melhora mais dos 'de baixo' que dos 'de cima' causou enorme desconforto", afirma, observando que há um setor da sociedade, mais privilegiado, que não aceita esse movimento.

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Por outro lado, para manter o crescimento é preciso garantir investimento. Para o economista, o país viveu três períodos de "blocos de investimento": no governo Getúlio Vargas (com criação de empresas como CSN e Petrobras e expansão da indústria de base), na gestão Juscelino Kubitschek (com o Plano de Metas e o desenvolvimento de uma indústria de bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos) e Geisel, na ditadura, com um Plano Nacional de Desenvolvimento. Posteriormente, houve "ciclos de consumo". O Brasil precisa de grandes obras de infraestrutura, defende. 

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