Será que Joaquim Levy resistirá ao bombardeio?

Ontem, ele não estava presente ao anúncio do corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento; o motivo oficial era uma gripe, mas o fato é que ele se desentendeu com Nelson Barbosa, ministro do Planejamento; na quarta-feira (20), um grupo composto por 11 senadores da base governista, incluindo os petistas Linfdberg Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), assinou um manifesto contra o ajuste fiscal; além disso, o ex-presidente Lula relatou à presidente Dilma os temores do empresariado em relação ao ajuste; saudado pelo mercado financeiro, Levy vive dias difíceis em Brasília; para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que aposta na sua queda, ele é um "estranho no ninho" petista

Ontem, ele não estava presente ao anúncio do corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento; o motivo oficial era uma gripe, mas o fato é que ele se desentendeu com Nelson Barbosa, ministro do Planejamento; na quarta-feira (20), um grupo composto por 11 senadores da base governista, incluindo os petistas Linfdberg Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), assinou um manifesto contra o ajuste fiscal; além disso, o ex-presidente Lula relatou à presidente Dilma os temores do empresariado em relação ao ajuste; saudado pelo mercado financeiro, Levy vive dias difíceis em Brasília; para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que aposta na sua queda, ele é um "estranho no ninho" petista
Ontem, ele não estava presente ao anúncio do corte de R$ 69,9 bilhões no orçamento; o motivo oficial era uma gripe, mas o fato é que ele se desentendeu com Nelson Barbosa, ministro do Planejamento; na quarta-feira (20), um grupo composto por 11 senadores da base governista, incluindo os petistas Linfdberg Farias (RJ) e Paulo Paim (RS), assinou um manifesto contra o ajuste fiscal; além disso, o ex-presidente Lula relatou à presidente Dilma os temores do empresariado em relação ao ajuste; saudado pelo mercado financeiro, Levy vive dias difíceis em Brasília; para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que aposta na sua queda, ele é um "estranho no ninho" petista (Foto: Romulo Faro)


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Romulo Faro/247 - Com apenas cinco meses de comando no Ministério da Fazenda, o economista Joaquim Levy já começa a experimentar o chamado fogo amigo. Um grupo de 11 senadores, incluindo dois petistas, foi responsável por adiar na quarta-feira (20) a votação da MP (medida provisória) 665, que, entre outros ajustes, restringe o acesso ao seguro-desemprego e modifica as regras para concessão do abono salarial. Quem iniciou a discussão com críticas às medidas do governo foi o senador Lidbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. 

Intitulado 'Manifesto pela Mudança na Política Econômica e Contra o Ajuste', o documento teve apoio ainda de outro senador do PT, Paulo Paim (RS). Além dele e de Lindbergh, assinaram o manifesto ainda os senadores Cristóvam Buarque (PDT-DF), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Roberto Requião (PMDB-PR) e Hélio José (PSD-DF), todos de partidos da base do governo.

De legendas 'independentes', assinaram os senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e os do PSB Antonio Carlos Valadares (SE), Lídice da Mata (BA), João Capiberibe (AP), Roberto Rocha (MA).

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Os petistas e a maioria dos membros da base aliada, tanto na Câmara quanto no Senado, não dão sinais de abandonar a presidente Dilma Rousseff diante da turbulência pela qual passa a economia. Mas cabe a Levy, além do ônus por ser quem anuncia as medidas mais impopulares neste segundo mandato de Dilma, a atenção dos parlamentares. Petistas como Lindbergh e Tarso Genro (ex-governador do Rio Grande do Sul) já defendem abertamente a saída do ministro.

A última prova de fogo de Joaquim Levy aconteceu ontem (22), com anúncio do corte de R$ 69,9 bilhões do Orçamento Geral da União previsto para este ano. A medida afeta significativamente áreas como saúde e educação e mexe com programas como o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), inclusive no Minha Casa, Minha Vida, um dos carros-chefe do governo. E pesa aí mais importante fato contra o ministro: ele não estava presente. Oficialmente, a justificativa foi a de quem uma gripe o acomete. Mas nos bastidores, as informações dão conta de que ele se desentendeu com Nelson Barbosa, ministro do Planejamento.

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"A posição do governo, expressa pelo Ministério da Fazenda, está concentrada exclusivamente numa política de ajuste fiscal, que além de insuficiente, pode deteriorar ainda mais o quadro econômico brasileiro. O quadro de desequilíbrio fiscal das contas do governo não é responsabilidade dos mais pobres, trabalhadores, aposentados e pensionistas", diz o manifesto dos senadores lido por Lindberg Farias. O documento critica as duas principais medidas provisórias editadas pelo governo no contexto de ajuste fiscal, a 664 e a 665.

De forma muito menos ofensiva, mas de efeito não contestável, pela pessoa que a fez, uma crítica do ex-presidente Lula fez incendiar o inferno astral de Levy. Também na quarta-feira (20), ele afirmou que as MPs tinham "defeitos" que podiam ser "corrigidos" por negociações com os trabalhadores. Mas em política, embora às vezes pareça, nada é em vão. No contexto, vale lembra que foi Lula o maior entusiasta da candidatura de Lindbergh a governador do Rio em 2014.

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Oposição aproveita pronunciamentos de Levy nas chamadas medidas impopulares

Não bastasse o fogo amigo, o ministro da Fazenda tem contra si ainda, claro, a oposição, cuja liderança é do PSDB do senador Aécio Neves e do ex-presidente FHC. 

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Ao jornalista Tales Farias, do IG, Aécio disse que Levy é "um estranho no ninho" e que "suas contradições com o PT só tendem a aumentar". O tucano aposta que o ministro cairá. E por ação dos próprios governistas.

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