Gripe de Levy empurra Bovespa para cima

Índice sobe e fecha em alta de 0,43% depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negar divergências com o colega Nelson Barbosa, do Planejamento, esclarecer que de fato estava gripado e confirmar que fica no cargo

Índice sobe e fecha em alta de 0,43% depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negar divergências com o colega Nelson Barbosa, do Planejamento, esclarecer que de fato estava gripado e confirmar que fica no cargo
Índice sobe e fecha em alta de 0,43% depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, negar divergências com o colega Nelson Barbosa, do Planejamento, esclarecer que de fato estava gripado e confirmar que fica no cargo (Foto: Gisele Federicce)


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Por Ricardo Bomfim 

SÃO PAULO - O Ibovespa fecha em alta nesta segunda-feira (25) depois de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, confirmar que, de fato, estava gripado durante a coletiva que anunciou o contingenciamento do governo este ano. Segundo ele, não houve divergência no corte do Orçamento e a atenção deve ser voltada agora para a agenda Legislativa. Lá fora, os mercados dos Estados Unidos, da Alemanha e do Reino Unido estão fechados por conta do feriado, mas as bolsas que tiveram negociação caíram após resultado das eleições na Europa.

O benchmark da Bolsa brasileira subiu 0,43%, a 54.609 pontos. Ao mesmo tempo, o dólar comercial registrou ganhos de  0,09%, a R$ 3,0959 na compra e a R$ 3,0979 na venda, distante dos mais de 1% da máxima. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2016 caía 0,02 ponto percentual, a 13,74% ao ano, ao mesmo tempo em que o DI para janeiro de 2020 subia 0,07 ponto percentual, a 12,46% a.a.. O volume negociado no pregão foi de apenas R$ 3,6 bilhões.

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A ausência do ministro Levy no anúncio do corte, na última sexta-feira, gerou preocupações pela manhã sobre uma possível saída após cinco meses que ele tomou o comando do Ministério. Pela manhã, ele disse que o corte de gastos era importante e foi executado de maneira cuidadosa.

Segundo fonte ouvida pela Bloomberg, Levy não teria gostado da decisão do contingenciamento ter ficado abaixo do piso sugerido por ele, de R$ 70 bilhões. O ministro estaria preocupado que suas medidas estejam saindo do Congresso desfiguradas e reclamaria da falta de apoio do PT. De acordo com a Folha de S. Paulo, o vice-presidente da República, Michel Temer, pede empenho do Planalto para angariar o apoio do partido.

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Ações em destaque

A Petrobras (PETR3, R$ 13,83, -1,91%; PETR4, R$ 12,80, -2,14%) amenizou as perdas após fala de Levy diminuir tensão do mercado, mas ainda fecharam em queda.  Os acionistas da estatal aprovaram, em assembleia geral extraordinária, realizada na tarde desta segunda-feira (25) o resultado de 2014, publicado em abril, juntamente com o relatório da administração e o parecer do conselho fiscal. A Petrobras teve um prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano passado, após contabilizar perdas de R$ 6,2 bilhões por corrupção e reduzir em mais de R$ 44 bilhões o valor de seus ativos, de acordo com seu balanço auditado.

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A empresa também estaria realizando  a venda de participações minoritárias em algumas subsidiárias, como a BR Distribuidora e Gaspetro e de seu parque de geradoras de energia térmica, a estatal estudaria a venda de quatro blocos do pré-sal, licitados pelo regime de concessão e que exigirão grande investimento para entrar em operação, conforme informou o Valor na semana passada.

Depois de abrir em queda, as ações dos bancos viraram para alta: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 35,43,  +0,37%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 24,20,  +3,64%), Bradesco (BBDC3, R$ 27,54, +0,95%; BBDC4, R$ 29,27, +0,58%) e Santander (SANB11, R$ 16,91, +2,11%). Esse foi o primeiro pregão positivo desses papéis após cinco cinco pregões seguidos de queda, impactadas com o aumento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) de 15% para 20%, anunciado na sexta-feira.

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Os papéis da Eletrobras (ELET3, R$ 7,02, +4,78%; ELET6, R$ 9,78, +6,07%) apareceram entre as maiores altas do Ibovespa nesta segunda-feira em meio ao humor renovado do mercado. Os papéis se recuperam de uma queda nesta manhã junto com o restante da Bolsa após fala do Levy. Da mínima do dia até agora, as ações preferenciais da estatal subiram 7%.

As ações da Vale (VALE3, R$ 20,57, +1,53%; VALE5, R$ 17,35, +1,76%) registraram ganhos com a disparada do minério de ferro nesta sessão, que subiu 2,05% no mercado spot do porto de Qingdao na China. Acompanham o movimento as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 11,18, +2,10%), holding que detém participação na Vale.

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