Dilma: reajuste lamentável do Judiciário compromete ajuste
Presidente Dilma Rousseff criticou a aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto de lei que dá reajuste de até 78,6 por cento aos servidores do Judiciário até 2017: "É insustentável um país como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados. De fato, compromete o ajuste fiscal"; governo fez uma contraproposta de um reajuste da ordem de 21 por cento escalonados por quatro anos a partir de 2016
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(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff classificou de "lamentável" nesta quarta-feira a aprovação pelo Congresso Nacional de um projeto de lei que dá reajuste de até 78,6 por cento aos servidores do Judiciário até 2017 e disse que a medida compromete o ajuste fiscal realizado por seu governo.
"É insustentável um país como o nosso, em qualquer circunstância, dar níveis de aumento tão elevados", disse a presidente a jornalistas após visitar a sede do Google, em Mountain View, nos Estados Unidos.
"Nós ainda temos oportunidade de avaliar como é que vai ser essa questão do aumento. De fato, compromete o ajuste fiscal", reconheceu a presidente.
Dilma, que se recusou a comentar os números da pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta, que apontaram aprovação de apenas 9 por cento para seu governo, também não quis falar se vetará a proposta aprovada pelos parlamentares.
"Eu também não discuto veto antes da hora, porque eu tenho que respeitar o procedimento legislativo", afirmou.
Na noite de terça, o Senado aprovou, a contragosto do governo, o projeto de reajuste do Judiciário, que já havia passado na Câmara e que, nas estimativas do Ministério do Planejamento, terá impacto de 25,7 bilhões de reais nos próximos quatro anos, sendo 1,5 bilhão de reais somente em 2015. Após 2018, o impacto previsto é de 10,5 bilhões de reais ao ano.
O governo fez uma contraproposta aos servidores do Judiciário de um reajuste da ordem de 21 por cento escalonados por quatro anos a partir de 2016.
(Reportagem de Eduardo Simões)
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