Mercado aposta em Selic a 14,25% e alta da inflação

Pesquisa Focus do Banco Central mostra que economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário; perspectiva para o fim do ano da Selic, atualmente em 13,75%, subiu para 14,25%; consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23%, na 15ª semana seguida de piora; para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40%

Pesquisa Focus do Banco Central mostra que economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário; perspectiva para o fim do ano da Selic, atualmente em 13,75%, subiu para 14,25%; consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23%, na 15ª semana seguida de piora; para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40%
Pesquisa Focus do Banco Central mostra que economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário; perspectiva para o fim do ano da Selic, atualmente em 13,75%, subiu para 14,25%; consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23%, na 15ª semana seguida de piora; para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40% (Foto: Aquiles Lins)


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SÃO PAULO (Reuters) - Economistas de instituições financeiras pioraram suas estimativas econômicas para este ano e o próximo após o governo reduzir as metas de superávit primário, ao mesmo tempo em que cravaram a aposta de que a taxa básica de juros será elevada em 0,50 ponto percentual na reunião desta semana do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

A pesquisa Focus do BC mostrou ainda que a perspectiva para o fim do ano da Selic --atualmente em 13,75 por cento-- caiu a 14,25 por cento, sobre 14,50 por cento anteriormente.

No entanto, essas projeções foram feitas até sexta-feira, e podem ainda não refletir as mudanças nas expectativas provocadas pelas declarações do diretor de Política Econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva feitas no mesmo dia.

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Ele afirmou ser primordial que o BC continue vigilante diante de novos riscos à convergência da inflação ao centro da meta, numa indicação, segundo especialistas, às novas metas de primário. Com isso, o mercado futuro de juros passou a mostrar chances majoritárias de alta de 0,50 ponto nesta semana e outra elevação de 0,25 ponto em setembro.

Sobre o final de 2016, não houve mudanças na pesquisa Focus, com expectativa de que a Selic ficará em 12,00 por cento.

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Na semana passada, o governo reduziu a meta para a economia feita para o pagamento de juros da dívida pública em 2015 para 8,747 bilhões de reais, ou 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Também anunciou redução da meta fiscal de 2016 e 2017 para, respectivamente, 0,7 e 1,3 por cento do PIB.

Analistas consideraram que a política fiscal menos contracionista deve dificultar a missão do BC de trazer a inflação para o centro da meta de 4,5 por cento pelo IPCA até o fim de 2016.

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Os especialistas consultados no Focus elevaram a projeção de alta do IPCA para 2015 em 0,08 ponto percentual, a 9,23 por cento, na 15ª semana seguida de piora. Para o final do próximo ano, a estimativa permaneceu em 5,40 por cento.

Em julho, a prévia da inflação oficial brasileira desacelerou a 0,59 por cento, mas em 12 meses o IPCA-15 ultrapassou 9 por cento pela primeira vez em 11 anos e meio, chegando a 9,25 por cento.

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O Focus mostrou também que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) neste anos passou para contração de 1,76 por cento, contra queda de 1,70 por cento na pesquisa anterior. Para 2016, a expectativa de crescimento caiu em 0,13 ponto percentual, a 0,20 por cento.

Os especialistas consultados no Focus mantiveram em 37 por cento do PIB a projeção para a dívida líquida do setor público neste ano, mas para 2016 a expectativa subiu a 38,50 por cento, contra 38,35 por cento.

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