Lucro do Bradesco cresce 20% no semestre
Segundo maior banco privado do país obteve um lucro líquido de R$ 8,71 bilhões no primeiro semestre de 2015; além do resultado, o banco informou que revisou suas projeções de crescimento para o ano; o Bradesco alterou a faixa entre 6% a 10% a expectativa para margem financeira de juros para 10% a 14%; as projeções para carteira de crédito, receita de prestação de serviços, despesas operacionais e receita de prêmios de seguros foram mantidas
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SÃO PAULO - Apesar de uma reação negativa na Bolsa, o Bradesco (BBDC4), segundo maior banco privado do país, superou as expectativas dos analistas em seu balanço divulgado nesta quinta-feira (30). O banco viu seu lucro líquido crescer 18,4% em um ano, atingindo os R$ 4,473 bilhões no segundo trimestre. Os números não foram considerados extraordinários, mas, em geral, os especialistas afirmaram que o balanço mostrou que os negócios estão sob controle.
Excluindo efeitos extraordinários, o lucro da instituição foi de R$ 4,504 bilhões entre os meses de abril a julho, aumento também de 18,4% sobre um ano antes. A média das projeções compiladas pela Bloomberg apontavam para um lucro recorrente de R$ 4,402 bilhões.
Além do resultado, o banco informou nesta manhã que revisou suas projeções de crescimento para o ano. O Bradesco alterou a faixa entre 6% a 10% a expectativa para margem financeira de juros para 10% a 14%. As projeções para carteira de crédito, receita de prestação de serviços, despesas operacionais e receita de prêmios de seguros foram mantidas.
Confira abaixo os pontos destacados pelos analistas sobre o balanço do Bradesco:
"O banco reportou um bom resultado operacional, levemente acima das expectativas, com um ROE ainda elevado, com provisões e inadimplência ainda controlados. Vale o destaque para o crescimento da receita de serviços, evolução de 6,5% na comparação trimestral. Bradesco segue negociando a múltiplos interessantes, abaixo de 8x P/E 2015E, com dividend yield projetado de 4,4% para este ano e 1,5x P/BV. Nossa preferência no setor é o Itaú, devido ao risco de Bradesco pagar 'caro' para levar o HSBC Brasil" - XP Investimentos.
"A qualidade dos ativos continua a ser uma preocupação. A qualidade dos ativos continuou a deteriorar-se, atingindo 3,7%. O agravamento foi visto em toda a linha, com aumento de 20 pontos-base em todos os segmentos (indivídual, PME e grandes empresas). NPLs de curto prazo continuaram a aumentar, mas mais lentamente; após um aumento de 50 pontos base no 1T15, que piorou por apenas 10 pontos base no 2T15" - Flavio Yoshida e George Chen, da Votorantim Corretora.
"O Bradesco informou um conjunto de resultados sólidos, com o ROAE ligeiramente acima de 21%. Os bons números foram uma combinação de despesas de provisão para perda de empréstimo (apesar da pequena proporção de aumento de inadimplência), juntamente com um menor nível de provisões fiscais. Reiteramos nossa recomendação de outperform no Bradesco. Apesar da desaceleração da economia brasileira, acreditamos que ele vai ser capaz de entregar o crescimento dos lucros de dois dígitos este ano e alguma expansão em 2016" - Thiago Batista, Guilherme Costa e Alexandre Spada, do Itaú BBA.
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