Petrobras se recupera em 5 anos, garante Bendine

Presidente da estatal compara a Lava Jato a violeta trombada que balançou tudo e relaciona entre problemas a queda no preço do petróleo, que foi de US$ 114 a US$ 50; confirma que está em busca de parceiros para subsidiárias; sobre demissões, reconhece que houve excessiva terceirização; ele afasta a histeria relacionada à eventual perda do grau de investimento: “Pelo amor de Deus, não estamos falando de uma companhia que está na bacia das almas e vai entrar em recuperação judicial. Pelo contrário, que vem melhorando sua receita operacional”; venda de participação em Libra que não passa de especulação: “Esse é um belo ativo. Nossa joia da coroa se chama pré-­sal"

Presidente da estatal compara a Lava Jato a violeta trombada que balançou tudo e relaciona entre problemas a queda no preço do petróleo, que foi de US$ 114 a US$ 50; confirma que está em busca de parceiros para subsidiárias; sobre demissões, reconhece que houve excessiva terceirização; ele afasta a histeria relacionada à eventual perda do grau de investimento: “Pelo amor de Deus, não estamos falando de uma companhia que está na bacia das almas e vai entrar em recuperação judicial. Pelo contrário, que vem melhorando sua receita operacional”; venda de participação em Libra que não passa de especulação: “Esse é um belo ativo. Nossa joia da coroa se chama pré-­sal"
Presidente da estatal compara a Lava Jato a violeta trombada que balançou tudo e relaciona entre problemas a queda no preço do petróleo, que foi de US$ 114 a US$ 50; confirma que está em busca de parceiros para subsidiárias; sobre demissões, reconhece que houve excessiva terceirização; ele afasta a histeria relacionada à eventual perda do grau de investimento: “Pelo amor de Deus, não estamos falando de uma companhia que está na bacia das almas e vai entrar em recuperação judicial. Pelo contrário, que vem melhorando sua receita operacional”; venda de participação em Libra que não passa de especulação: “Esse é um belo ativo. Nossa joia da coroa se chama pré-­sal" (Foto: Realle Palazzo-Martini)


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247 - O presidente da Petrobrás, Aldemir Bendine, diz que a “trombada” que a Petrobras levou com a Operação Lava Jato foi tão violenta que serão necessários cinco anos para colocar a casa em ordem. Esta semana a estatal anunciou uma queda de 89% do lucro. Para o executivo, a companhia continuará no foco das notícias negativas enquanto a investigação não for concluída. Seu principal problema, no entanto, é o endividamento. A estratégia é reduzir as dívidas e cortar de custos, solução criticada por sindicalistas que já o apelidaram de “Vendine”.

“O índice de alavancagem está muito alto em comparação com o mercado. Isso não é salutar. A companhia partiu para uma fase de crescimento mirando uma cotação de petróleo nas alturas. Em junho de 2014, o barril estava em US$ 114 e terminou o ano abaixo de US$ 50. Não há empresa no mundo que suporte isso. Todas as petroleiras foram afetadas, mas a dívida da Petrobrás é a maior. As petroleiras começaram a fazer o dever de casa antes. A Petrobrás atrasou. Quando teve esse cenário, coincidiu com o momento de instabilidade (Lava Jato)”, explica Bendine, em longa entrevista ao Estadão.

O executivo tem o desafio de lidar com as desconfianças do mercado em torno da ingerência do governo federal na gestão da petroleira. Recentemente a direção resolveu antecipar um pagamento de R$ 2,8 bilhões em tributos. Teria sido uma imposição do Planalto para tentar reforçar o caixa do governo em crise financeira

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Questionado sobre se a corrupção foi extinta na companhia, Bendine é filosófico: “Corrupção é do indivíduo, uma questão cultural e de caráter. Cabe à companhia criar o máximo possível de barreiras contra ela. Toda e qualquer companhia sempre vai enfrentar problemas dessa natureza. Não posso afirmar que nunca mais vai acontecer, e daqui a dois anos, de repente, aparece um “casinho”... Ocorre.”

Bendine adianta que ajustes maiores serão feitos na Petrobras, uma reorganização administrativa e financeira da companhia. “Precisa se adequar à nova realidade. Só se tira lições das crises à medida que os processos são aperfeiçoados. Análise e decisão da companhia não podem se dar de maneira verticalizada. Revimos o ponto de competências e alçadas. Tem um monte de modelos na mesa. Estamos trabalhando em conjunto com consultorias externas. É um processo longo”, diz.

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O executivo reconhece que houve excessiva terceirização e que na empresa estará mais enxuta a partir do momento em que privilegiar operações. Outra nova realidade será privilegiar a rentabilidade em detrimento da alta produção, para ele uma mudança de cultura organizacional.

Sobre a possível perda de grau de investimento, Bendine é taxativo: “Lógico que rebaixamento é algo com o que a companhia se preocupa. Pelo amor de Deus, não estamos falando de uma companhia que está na bacia das almas e vai entrar em recuperação judicial. Pelo contrário, é uma companhia que vem melhorando sua receita operacional.”

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Bendine admite a abertura de capital de subsidiárias da estatal, como a BR Distribuídora. “A gente pode olhar. Talvez, no modelo BR, para curto prazo, não. Mas podemos discutir sociedade.” Ele admite tratativas em relação ao Comperj, que pode ter parceiros futuramente, caso o cenário permita uma expansão na petroquímica. “Já temos quatro interessados, entre eles, chineses. Estamos apresentando o projeto, o valor necessário e discutindo o direito de exploração. O valor é de R$ 3 bilhões a R$ 4 bilhões. Se tiverem interesse maior, não ficarei bravo”, afirma.

Sobre vender participação na área de Libra no pré­-sal da Bacia de Santos diz que não passa de especulação: “Esse é um belo ativo. Nossa joia da coroa se chama pré-­sal. É onde vamos nos concentrar. Hoje, temos reservas comprovadas superiores a 12 bilhões de barris, muito acima da média internacional, o que dá tranquilidade do ponto de vista exploratório. Cabe ao órgão regulador ou à União definir qual vai ser o ritmo (de exploração do pré-­sal).”

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Sobre a Sete Brasil, diz que a Petrobrás continua apoiando o projeto, com os sócios. “Para um primeiro momento, se houver necessidade de aporte, vai ser mínimo”, contemporiza.

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