Economia cai 1,9% no 2º tri e entra em recessão

Economia brasileira recuou 1,9% no segundo trimestre de 2015, na comparação com o primeiro trimestre, fazendo o Brasil entrar oficialmente em recessão técnica, informou nesta sexta-feira 28 o IBGE; o indicador mostra que a soma das riquezas produzidas no Brasil nos meses de abril, maio e junho foi R$ 1.428 bilhões; nos primeiros três meses do ano, o PIB registrou queda de 0,7%; nos primeiros seis meses, a retração acumulada foi 2,1%, segundo o IBGE; o PIB do segundo trimestre ficou 2,6% abaixo do que foi registrado no mesmo período do ano passado

GOIANA, RECIFE, 27-04-2015, - JEEP - FÁBRICA EM GOIANA (PE) - Linha de montagem do Jeep Renegade na fábrica em Goiana, Pernambuco. A produção do Polo Automotivo Jeep vai abastecer toda a América Latina. (Foto: Rafael Neddermeyer/FOTOS PÚBLICAS)
GOIANA, RECIFE, 27-04-2015, - JEEP - FÁBRICA EM GOIANA (PE) - Linha de montagem do Jeep Renegade na fábrica em Goiana, Pernambuco. A produção do Polo Automotivo Jeep vai abastecer toda a América Latina. (Foto: Rafael Neddermeyer/FOTOS PÚBLICAS) (Foto: Gisele Federicce)


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Por Rodrigo Viga Gaier e Patrícia Duarte

SÃO PAULO (Reuters) - A economia brasileira entrou em recessão técnica oficialmente ao encolher mais do que o esperado no segundo trimestre, com encolhimento da indústria, serviços e agricultura, além de queda dos investimentos, pavimentando ainda mais o caminho para o país fechar 2015 com o pior desempenho da atividade em 25 anos.

Entre abril e junho, o Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 1,9 por cento sobre os três meses anteriores e caiu 2,6 por cento na comparação anual, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

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Pesquisa Reuters apontava que a economia teria queda de 1,7 por cento entre abril e junho frente ao trimestre anterior e de 2 por cento sobre um ano antes.

O resultado de abril a junho foi o pior desde o início de 2009, auge da crise financeira global, tanto na base anual quanto trimestral. Também foi o segundo período de três meses consecutivo de contração no Brasil, depois da queda revisada de 0,7 por cento no primeiro trimestre deste ano contra o período imediatamente anterior.

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Segundo o IBGE, no trimestre passado o setor industrial encolheu 4,3 por cento contra janeiro a março, pior momento desde o primeiro trimestre de 2009. Já a agropecuária caiu 2,7 por cento no mesmo período e os serviços tiveram retração de 0,7 por cento.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), uma medida de investimentos, despencou 8,1 por cento no segundo trimestre ante o período anterior, também o pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009. O consumo das famílias, por sua vez, teve o pior resultado em mais de 14 anos, com queda de 2,1 por cento. O consumo do governo foi exceção aos números negativos, com crescimento de 0,7 por cento.

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Os dados econômicos são divulgados em meio ao cenário de inflação elevada, desemprego ascendente, confiança em baixa e crise política.

Pela pesquisa Focus do Banco Central, que ouve semanalmente uma centena de economistas, a projeção é de que o PIB encolherá 2,06 por cento neste ano e 0,24 por cento em 2016. Se confirmado o resultado de 2015, será a pior recessão do país desde 1990.

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(Reportagem adicional de Caio Saad, no Rio de Janeiro)

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