Mercado celebra fim da crise política. Prematuro?

Bovespa sobe forte após a reforma ministerial, que sinaliza o possível fim da crise política, com a retomada da governabilidade; com isso, esperam os investidores, o governo poderá retomar as rédeas do Congresso, evitando pautas-bomba e aprovando medidas do ajuste fiscal; Petrobras sobe 6%; Ibovespa, 2,31%; no anúncio da reforma, a presidente Dilma Rousseff afirmou que cortará oito ministérios, 30 secretarias e 3 mil cargos em comissão, além de reduzir gastos de custeio e o salário dos ministros

Bovespa sobe forte após a reforma ministerial, que sinaliza o possível fim da crise política, com a retomada da governabilidade; com isso, esperam os investidores, o governo poderá retomar as rédeas do Congresso, evitando pautas-bomba e aprovando medidas do ajuste fiscal; Petrobras sobe 6%; Ibovespa, 2,31%; no anúncio da reforma, a presidente Dilma Rousseff afirmou que cortará oito ministérios, 30 secretarias e 3 mil cargos em comissão, além de reduzir gastos de custeio e o salário dos ministros
Bovespa sobe forte após a reforma ministerial, que sinaliza o possível fim da crise política, com a retomada da governabilidade; com isso, esperam os investidores, o governo poderá retomar as rédeas do Congresso, evitando pautas-bomba e aprovando medidas do ajuste fiscal; Petrobras sobe 6%; Ibovespa, 2,31%; no anúncio da reforma, a presidente Dilma Rousseff afirmou que cortará oito ministérios, 30 secretarias e 3 mil cargos em comissão, além de reduzir gastos de custeio e o salário dos ministros (Foto: Gisele Federicce)


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Por Ricardo Bomfim

SÃO PAULO - O Ibovespa consolida uma expressiva alta nesta sexta-feira (2), após o corte de 8 ministérios e de 10% no salário dos ministros. Com isso, o nosso índice se descola das bolsas internacionais, que caem após o Relatório de Emprego dos Estados Unidos mostrar que a maior economia do mundo não está se recuperando como era esperado. Por aqui, a produção industrial de agosto mostrou um recuo de 9%, ante expectativas de 9,5% de retração na comparação anual.

Às 12h05 (horário de Brasília), o benchmark da Bolsa brasileira sobe 1,23%, a 45.870 pontos. Já o dólar comercial cai 0,60% a R$ 3,9785 na venda, enquanto o dólar futuro para novembro tem leve baixa 1,05%, a R$ 4,005. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 tem queda de 14 pontos-base, a 15,62%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 cai 20 pbs a 15,44%.

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Foram divulgados quatro indicadores importantes, que constituem o relatório de emprego dos Estados Unidos. Os nonfarm payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas que produz um índice que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária) mostraram a criação de 142 mil novas vagas em setembro, ante 201 mil esperadas e 173 mil que foram geradas em agosto. O desemprego se manteve em 5,1%. Por fim, o ganho por horas trabalhadas ficou estável ante projeções de alta de 0,2%.

Com isso, no pré-market, o Ibovespa Futuro outubro subia até às 9h30, quando o dado de emprego nos EUA saiu, e depois despencou 1,50% em meio a preocupações com a economia americana, que se sobrepuseram a um possível otimismo pela possibilidade agora mais distante do Federal Reserve elevar os juros nas próximas duas reuniões do Fomc (Federal Open Market Committee) de 2015. Agora já há investidores imaginando que não haverá alta de juros por lá até março.

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Reforma ministerial A presidente Dilma Rousseff anunciou a reforma ministerial nesta manhã, com o corte de oito ministérios e a  criação da comissão permanente da reforma do Estado. Foi extinguido o Ministério dos Assuntos Estratégicos eforam criados o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos e o Ministério do Trabalho e da Previdência Social.

Ela ainda disse que 30 secretarias serão extintas em vários ministérios e haverá a redução de 20% nos gastos de custeio e a definição de metas de eficiência. Dilma diz que haverá um corte de 10% na remuneração de ministros. Ela anuncia a revisão de contratos de prestação de serviço, buscando tornar o governo mais eficientes.

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Dilma começou o seu anúncio afirmando que "todos os países que atingiram o desenvolvimento construíram estados modernos: ágeis, eficientes, baseados no profissionalismo e na meritocracia."  "Nós também temos de ter esse objetivo. O Estado brasileiro deve assumir uma dupla função: parceria com a iniciativa privada; e assegurar os direitos de todos os cidadãos e cidadãs", destacou. A ação do Estado, afirmou, não pode ser empecilho ao investimento, mas suporte para a atuação do setor privado e também para o cidadão. A    presidente Dilma disse que é absolutamente necessário que o Estado seja democrático, aberto e transparente à sociedade.

Destaques da Bolsa Entre os destaques do pregão, as ações da Petrobras (PETR3, R$ 8,66, +3,46%; PETR4, R$ 7,19, +2,42%) viram para alta, acompanhando as cotações do petróleo. O barril do WTI (West Texas Intermediate) tem alta de 0,83% a US$ 45,12, enquanto o barril do Brent para dezembro registra ganhos de 0,10% a US$ 48,43. Depois de provocar a queda das bolsas internacionais no último pregão, o petróleo sobe hoje em meio a bombardeios russos contra o grupo terrorista Estado Islâmico na Síria, o que eleva a tensão no Oriente Médio. O investidor Jim Rogers, co-fundador do Quantum Fund, disse que o fato de petróleo vir resistindo a cair abaixo de US$ 45, mesmo com notícias econômicas ruins, é sinal de que uma alta dos preços está perto.

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Entre as altas, as educacionais Kroton (KROT3, R$ 8,00, +3,49%) sobe e Estácio (ESTC3, R$ 14,72, +1,80%) registra ganhos. No radar das companhias, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro será trocado por Aloizio Mercadante. 

Já os papéis da Vale (VALE3, R$ 17,34, +0,70%; VALE5, R$ 14,05, +0,93%) viram para alta mesmo depois do minério de ferro spot com entrega no porto de Qingdao desabar 5,17%, a US$ 53,14. 

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Cenário externo

Os mercados de todo o mundo operam em baixa, depois de subirem antes da divulgação do relatório de emprego dos EUA. Os índices futuros norte-americanos registram leve alta, enquanto as bolsas europeias tinham ganhos acima de 1%.

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Entre os dados europeus, o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu 0,8% em agosto ante julho, registrando a maior queda mensal desde janeiro, segundo dados publicados hoje pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. No confronto anual, o PPI do bloco recuou 2,6% em agosto. Ambas as quedas foram mais intensas do que o previsto. Analistas consultados pela Dow Jones Newswires estimavam recuo mensal de 0,6% e diminuição anual de 2,4%.

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