Lagarde, do FMI: crise política afetou confiança

"A crise política provocada pela investigação em curso na Petrobras criou incertezas que, por sua vez, afetaram a confiança de consumidores e empresas", diz a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde; ela também defendeu as políticas de ajuste; "para melhorar a situação e recuperar a confiança, o investimento e, em última instância, o crescimento, é essencial restabelecer a sustentabilidade fiscal e fortalecer os quadros de política macroeconômica"



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247 – Em entrevista a um grupo de jornais da América Latina, Christine Lagarde, diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional, afirmou que uma das causas da recessão no Brasil é a crise política.

"Em primeiro lugar, é óbvio que o Brasil enfrenta sérias dificuldades econômicas. A previsão é que a economia sofra forte contração este ano devido à queda do investimento e do consumo, sendo provável que permaneça em território negativo em 2016 (nossas previsões revistas serão publicadas nesta terça-feira). Além disso, a crise política provocada pela investigação em curso na Petrobras criou incertezas que, por sua vez, afetaram a confiança de consumidores e empresas. Portanto, não há dúvida de que o país atravessa tempos difíceis e que isso já está se traduzindo em um aumento das taxas de desemprego e na deterioração das condições creditícias", disse ela.

Lagarde, no entanto,  defendeu as políticas de ajuste fiscal. "Para melhorar a situação e recuperar a confiança, o investimento e, em última instância, o crescimento, é essencial restabelecer a sustentabilidade fiscal e fortalecer os quadros de política macroeconômica. Falando mais especificamente de política fiscal, acreditamos que a situação fiscal do Brasil teria muito a ganhar com a adoção de uma abordagem robusta, estratégica e ambiciosa, focada no alívio das pressões crônicas e estruturais da despesa. Isso certamente ajudaria a trazer a tendência da relação dívida/PIB para níveis sustentáveis e a estimular a confiança."

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Com isso, ela afirmou, que será possível preservar conquistas recentes. "Saudamos os esforços envidados pelas autoridades para restaurar o superávit fiscal em 2016, que constitui um passo na direção certa para assegurar a sustentabilidade fiscal. Tais medidas, em conjunto com um esforço contínuo para implementar reformas estruturais destinadas a aumentar a produtividade, a competitividade, são essenciais para garantir um crescimento duradouro e preservar os extraordinários avanços alcançados pelo Brasil na luta contra a pobreza e a desigualdade nas últimas décadas."

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