Economista tucano prega corte em gastos sociais

"Nada é incortável. Se o país não encarar isso de frente, vamos continuar num ambiente de paralisia, em que a inflação ou a dívida vão explodir. Chegamos à situação em que todos os itens do Orçamento são legítimos, só que isso soma algo acima da receita. Vai pegar programas sociais? Seguramente", diz Gustavo Franco, que presidiu o Banco Central durante o período em que o Brasil conviveu com as maiores taxas de juros de sua história

"Nada é incortável. Se o país não encarar isso de frente, vamos continuar num ambiente de paralisia, em que a inflação ou a dívida vão explodir. Chegamos à situação em que todos os itens do Orçamento são legítimos, só que isso soma algo acima da receita. Vai pegar programas sociais? Seguramente", diz Gustavo Franco, que presidiu o Banco Central durante o período em que o Brasil conviveu com as maiores taxas de juros de sua história
"Nada é incortável. Se o país não encarar isso de frente, vamos continuar num ambiente de paralisia, em que a inflação ou a dívida vão explodir. Chegamos à situação em que todos os itens do Orçamento são legítimos, só que isso soma algo acima da receita. Vai pegar programas sociais? Seguramente", diz Gustavo Franco, que presidiu o Banco Central durante o período em que o Brasil conviveu com as maiores taxas de juros de sua história (Foto: Leonardo Attuch)


✅ Receba as notícias do Brasil 247 e da TV 247 no canal do Brasil 247 e na comunidade 247 no WhatsApp.

247 – O economista Gustavo Franco, que presidiu o Banco Central durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, no período em que o Brasil conviveu com as maiores taxas de juros de sua história.

Em entrevista à jornalista Samantha Lima (leia aqui), ele defendeu cortes drásticos no orçamento federal, incluindo os programas sociais.

"É preciso ter espírito livre para olhar tudo. Nada é incortável. Se o país não encarar isso de frente, vamos continuar num ambiente de paralisia, em que a inflação ou a dívida vão explodir. Chegamos à situação em que todos os itens do Orçamento são legítimos, só que isso soma algo acima da receita. Vai pegar programas sociais? Seguramente", diz ele. "Quando não se tem dinheiro nem capacidade de endividamento, tem de cortar. A sociedade deve se organizar para ter Orçamento equilibrado, transparente. A democracia é tão mais sólida economicamente quanto mais avançada forem suas instituições orçamentárias, inclusive para escolher prioridades."

continua após o anúncio

Segundo Franco, a crise atual é fruto de que ele chamou de "capitalismo de quadrilha", que teria gerado crises como a da Petrobras. "Não há uma causa simples. De forma ampla, é a falência de um modelo de política econômica que prevaleceu a partir de 2008 e que é mãe de todos esses males. A crise nas contas públicas tem a ver com corrupção, com o capitalismo de compadrio, que prefiro chamar de capitalismo de quadrilha. É como se as autoridades quisessem confrontar cada pressuposto de boa política econômica. Parecem estar tentando nos convencer, o tempo todo, que o capitalismo não funciona. Obviamente, isso fracassou."

continua após o anúncio

iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular

Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista:

Comentários

Os comentários aqui postados expressam a opinião dos seus autores, responsáveis por seu teor, e não do 247

continua após o anúncio

Ao vivo na TV 247

Cortes 247