Portugal e Neeleman concordam em dividir controle da TAP
Novo governo português e o consórcio privado liderado por David Neeleman, dono da Azul, que comprou 61 por cento da companhia aérea TAP, concordaram, em princípio, em dar ao governo uma participação maior e dividir o controle da empresa, mas a deixando sob gestão privada; os dois lados assinaram um memorando de entendimento neste sábado, 6, pelo qual o estado vai pagar 1,9 milhão de euros para aumentar a sua participação de 34% para 50%
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LISBOA (Reuters) - O novo governo português e o consórcio privado que comprou 61 por cento da companhia aérea TAP no ano passado concordaram, em princípio, em dar ao governo uma participação maior e dividir o controle da empresa, mas a deixando sob gestão privada.
Depois de negociações longas e difíceis que começaram quando o governo socialista chegou ao poder em novembro prometendo retomar o controle da endividada companhia aérea, os dois lados assinaram um memorando de entendimento neste sábado pelo qual o estado vai pagar 1,9 milhão de euros para aumentar a sua participação de 34 por cento para 50 por cento.
"Esse é um acordo de 50 por cento para cada lado, pelo qual a empresa será administrada de forma privada", disse Humberto Pedrosa, o parceiro português num consórcio liderado por David Neeleman, magnata da aviação brasileira e norte-americano, fundador da JetBlue, companhia aérea de passagens a baixo custo dos Estados Unidos, e dono da brasileira Azul.
O primeiro-ministro António Costa disse que o governo tinha que assegurar para si uma visão estratégica para a companhia e ao mesmo tempo respeitar os direitos dos investidores privados, acrescentando que "as negociações não foram fáceis, mas resultaram numa boa parceria".
Neeleman afirmou que sob o acordo o governo não vai interferir na gestão executiva da companhia, mas completou que "ainda há muito a ser negociado", como por exemplo juros de empréstimos bancários.
O consórcio e o estado terão o mesmo número de membros no Conselho da empresa, apesar do fato de que o consórcio terá agora formalmente 45 por cento, pois 5 por cento da companhia é reservado para os empregados. O consórcio, no entanto, pode comprar essas ações deles.
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