Bolsa sobe mais de 1% com disparada da Petrobras

O Ibovespa subiu 1,25% nesta sexta-feira 12 puxado pela disparada das ações da Petrobras, que por sua vez acompanhou a recuperação do petróleo; apesar deste movimento, o índice não evitou terminar a semana com perdas de 1,93%, aos 39.808 pontos, seguindo os dias de "sell off" no mundo todo durante o feriado de carnaval; notícia de que a Opep pode cortar a produção do petróleo levou o petróleo a disparar 11%, ajudando a Petrobras a subir 8%

O Ibovespa subiu 1,25% nesta sexta-feira 12 puxado pela disparada das ações da Petrobras, que por sua vez acompanhou a recuperação do petróleo; apesar deste movimento, o índice não evitou terminar a semana com perdas de 1,93%, aos 39.808 pontos, seguindo os dias de "sell off" no mundo todo durante o feriado de carnaval; notícia de que a Opep pode cortar a produção do petróleo levou o petróleo a disparar 11%, ajudando a Petrobras a subir 8%
O Ibovespa subiu 1,25% nesta sexta-feira 12 puxado pela disparada das ações da Petrobras, que por sua vez acompanhou a recuperação do petróleo; apesar deste movimento, o índice não evitou terminar a semana com perdas de 1,93%, aos 39.808 pontos, seguindo os dias de "sell off" no mundo todo durante o feriado de carnaval; notícia de que a Opep pode cortar a produção do petróleo levou o petróleo a disparar 11%, ajudando a Petrobras a subir 8% (Foto: Aquiles Lins)


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O Ibovespa subiu 1,25% nesta sexta-feira (12) puxado pela disparada das ações da Petrobras, que por sua vez acompanhou a recuperação do petróleo. Apesar deste movimento, o índice não evitou terminar a semana com perdas de 1,93%, aos 39.808 pontos, seguindo os dias de "sell off" no mundo todo durante o feriado de carnaval.

Enquanto a Bovespa ficou fechada na segunda e na terça, os mercados globais caíram forte com os medos sobre a China e dos bancos europeus. Na quarta-feira, com um pregão reduzido, o Ibovespa caiu forte seguindo o que os ADRs das companhias brasileiras já haviam indicado nos dias anteriores. Para piorar, o petróleo voltou a afundar, atingindo os US$ 26 o barril.

Ainda no fim do pregão de quinta, porém, os mercado iniciaram uma reação com a notícia de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) pode cortar a produção do petróleo, o que não evitou uma queda de 2,6% da Bovespa, mas já indicava o que ocorreria nesta sexta. A notícia levou o petróleo a disparar 11% no pregão de hoje, ajudando a Petrobras a subir 8%.

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Além disso, o resultado melhor que o previsto do Commerzbank trouxe otimismo diante de todo o temor com a situação dos bancos da zona do euro. Por aqui, os investidores repercutem o adiamento do anúncio dos cortes do Orçamento para março.

O dólar comercial fechou em alta de 0,15% a R$ 3,9895 na venda, enquanto o dólar futuro para março ficou estável a R$ 4,019. No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2017 cai 2 pontos-base a 14,44%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 cai 1 ponto-base a 16,11%.

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Segundo Pablo Spyer, diretor da mesa de trade da Mirae Asset, os investidores brasileiros continuam com medo do que o Federal Reserve pode fazer e da saúde dos bancos europeus, sabidamente expostos às fragilizadas empresas do setor de Óleo e Gás. Uma possibilidade de acordo da Opep, neste contexto, traz um bem-vindo alento. "A Opep está falando que está disposta a diminuir a produção. O que é importante saber é que os detentores de poços de petróleo também são detentores de ações de bancos dos EUA. Então eles se preocupam com a queda do mercado e o custo de penalizar a Rússia tem limite", afirma, explicando o porquê de ser bastante verossímil um acordo a esta altura de campeonato.

Nos Estados Unidos, os índices Dow Jones e S&P 500 registraram altas de 1,48% e 1,42% respectivamente. A correção veio junto com alguns dados positivos que ajudam a desanuviar a preocupação que caiu sobre a situação da atividade econômica estadunidense. As vendas do varejo no país cresceram 0,2% em janeiro, ante expectativas de 0,1% de avanço. O indicador se soma à alta do petróleo para ajudar a manter as bolsas no positivo.

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Também em correção estão as taxas de juros dos títulos da maioria dos países considerados como "portos seguros". O yield do bond de 10 anos dos EUA subiu 3 pontos-base a 1,69% e do título de mesmo vencimento do Japão teve alta de 6 pontos-base a 0,08%. Para Spyer, o caso japonês reflete a projeção de que os estímulos que o país vem fazendo eventualmente façam pressão na inflação, de modo que a terceira maior economia do mundo tenha que subir juros na próxima década.

Ações em destaque

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As ações da Petrobras (PETR3, R$ 6,31, +6,77%; PETR4, R$ 4,45, +5,20%) registraram ganhos acompanhando o petróleo. O barril do WTI (West Texas Intermediate) sobe 11,41% a US$ 29,20, ao mesmo tempo em que o barril do Brent tem ganhos de 8,35% a US$ 33,36.

Além disso, segundo informações do Valor Econômico, a companhia pode obter até US$ 6 bilhões vendendo dutos de gás da TAG. Os canadenses Brookfield e o CPPIB (Canadian Pension Plan Investiment Board) já estão analisando os ativos e também é esperado dinheiro chinês, dado o tamanho dos negócios. Os ativos de gás devem ser os primeiros vendidos.

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Destaque ainda para a fala do ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga. Ao ser questionado sobre a sua posição em relação ao projeto de lei do senador José Serra (PSBDSP), que propõe rever o papel central da Petrobras na exploração das grandes reservas de petróleo, o ministro afirmou que aceita participar do debate. Porém, ressaltou ser importante considerar os benefícios em adotar o modelo de partilha associados à política de conteúdo nacional e ao papel da estatal como operadora única dos campos do pré-sal.

Também subiram os papéis da Vale (VALE3, R$ 10,25, +3,85%; VALE5, R$ 7,56, +2,02%) apesar do desempenho do minério de ferro. A commodity spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao caiu 3,54% a US$ 43,65.

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Contingenciamento adiado

O governo adiou para março o anúncio do corte de gastos do Orçamento da União de 2016 para buscar cumprir a meta de 0,5% do superávit primário em relação ao PIB (Produto Interno Bruto). A justificativa oficial é ganhar tempo para criar medidas de ajuste adicional, mas se especula que a meta seja reduzida, realizando um contingenciamento menor que esperado. Entre as propostas em discussão está a introdução de uma banda de flutuação da meta de superávit primário. Se aprovada pelo Congresso, a reforma abre caminho para a redução da meta deste ano.

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Por outro lado, os investidores esperam a publicação de decreto que limita gasto do governo até março. Os gastos ficarão limitados a uma fatia do orçamento total previsto para o ano até que governo decida, no próximo mês, o valor a ser contingenciado, segundo uma pessoa da equipe econômica a par das discussões ouvida pela Bloomberg.

Fitch diz que empresas brasileiras vivem pesadelo

Num relatório intitulado "Carnaval, válvula de escape para a tristeza", a agência de classificação de risco Fitch Rating traça um cenário nebuloso para as empresas brasileiras. Na avaliação da agência, que retirou o grau de investimento do Brasil no fim do ano passado, a continuidade dos riscos econômicos, fiscais e políticos, aliada à recente baixa dos preços das commodities, deve levar o rating (nota) das empresas nacionais ao grau especulativo.

Na carteira brasileira, a Fitch atribuiu perspectiva negativa para 53% das empresas. Apenas 6% têm perspectiva positiva. "A combinação de demanda em queda, aumento do desemprego e inflação, taxas de juros altas, preços de commodities em baixa, volatilidade cambial e aperto no crédito criou um cenário de pesadelo para as empresas brasileiras."

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